Eu me pergunto como dentre tantos exemplos de vidas, tantas pessoas com uma alma linda e generosa, com uma inteligência fantástica, porque escolhemos a hipocrisia do discurso vazio, de pessoas mesquinhas.
Tivemos Ghandi, Mandela, Martin Luther King, Dom Elder Câmara, Chico Xavier, Paulo Freire, Zilda Arns, Einstein, dentre muitos. Temos Pepe Mujica, Malala Yousafzai, Papa Francisco, Maria da Penha, Chimamanda Ngozi Adichie, todos a sua maneira foram ou são transformadores do mundo em que vivemos, humana e positivamente.
No entanto, escolhemos seguir hipócritas, ignóbeis, com senso questionável de sociedade e humanidade.
Agentes sociais transformadores, essenciais ao mundo, são aqueles que se importam, com as crianças, com os necessitados, com as minorias, com os famintos, com os oprimidos.
As pessoas que eu citei acima trocaram parte de suas vidas para defender vidas. De alguma forma se doaram para servir a uma causa maior.
Não me venha dizer que isso é um discurso de esquerdista, isso é um discurso de humanidade, de uma cristã que acredita que o ser humano está acima do mercado, dos ganhos, do consumismo desenfreado, que escraviza o trabalho das pessoas para vender o produto e auferir lucros. Dos bancos que querem mais de 400% de lucro, em cima de uma população endividada.
Que tipo de mundo é esse estamos, na verdade, destruindo?! Quando os valores humanos ficaram abaixo do lucro que se ganha?! Quando passamos a preferir destruir a natureza, em detrimento do nosso próprio futuro?!
Eu respondo, desde sempre, desde que o ser humano obteve consciência ele tenta destruir tudo o que o lhe cerca, por egoísmo, vaidade, poder e egocentrismo. Isso explica as vozes das pessoas acima, sempre gritaram por um mundo melhor, para chamar a atenção que se pode fazer o bem.
TER sempre foi mais relevante do que SER, em nome disso se escraviza, se mata, se destrói.
E se faz isso em nome de religião, de valores morais, da ética e dos bons costumes.
Eu ainda prefiro ser uma cristã imperfeita, olhada por minha prática, do que pelas minhas palavras.
Meus heróis não se foram, porque eles habitam em mim todos os dias, em que eu penso que o mundo pode ser melhor.
Republicou isso em pós 50.
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