Deixa eu te contar, fadiga é #foda!

Estou fadigada, isso não quer dizer cansada.

Fadiga é muito mais.

Na doença autoimune é o resultado do corpo lutando, o tempo todo, contra você mesma, porque qualquer coisa é uma ameaça, os anticorpos acham que é invasão, há um combate feroz, toda a estrutura reagindo, a gente fica exausta.

Exames e médico se tornam uma rotina, muito além do que qualquer outra pessoa possa fazer, tipo, sabe aquele check-up anual? Para autoimune é um check-up mensal.

No meu caso específico, pneumo, gastro, hepato, cardio, reumato, endócrino, oftalmo, ortopedista, hemato, dermato, geriatra, dentista, psicóloga… Deve estar faltando algum que esqueci. Sim, ginecologista, e?! …

Claro, ainda tem todos os exames, que cada um dos especialista pede para que eu faça, para acompanhamento das reações de cada parte do meu corpo, contra ele mesmo. Ultrassonografia, ressonância, tomografia, cintilografia, exames laboratoriais, regularmente.

Nossa, mas você precisa de tudo isso mesmo?! Que exagero!

Vamos lá tem nódulos na tireoide, no pulmão, pâncreas hipotrofiado, cartilagens soltas ou desmanchadas, ossos em atrito, fígado intoxicado, controle das células sanguíneas, olhos sem lágrimas, boca sem saliva, pele sem hidratação, inúmeras alergias, infecções de repetição. E dores…

Administrar o desconforto, inferências, caras e bocas! As pessoas e seus pitacos azedos, ou escondidos! Nos olham como uma lunática, hipocondríaca…

É uma agenda intensa para prevenir e remediar, pilates, fisioterapia, 3 vezes por semana, cada uma, acupuntura 2 vezes, terapia. Muuuuitas dores no corpo e na alma.

Você cansou?!

Trabalho, estudo, atualmente são 2 cursos, gerencio redes sociais, de 2 páginas e um blog. A agenda é cheia.

O sorriso no meu rosto é constante, porque a vida parece difícil, eu não preciso torná-la mais.

Minha vida é boa! Eu tenho meios de me tratar, eu tenho uma família incrível, filhos, marido, netos e amigos. Eu sou feliz!

Queria compartilhar, ser autoimune é difícil e fadigoso.

Ter fadiga é que cansa!

Sua estratégia de vida é fundamental para estar bem! Eu criei a minha.

Descansar, quando preciso, distrair, quando necessário, rir de mim mesma, cuidar do meu corpo, amar, afastar, ser fiel e leal a mim. Bom humor, positividade, resiliência e adaptação. Levo a vida, não deixo ela me levar.

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8 anos… falta a Cláudia em minha vida

Para Cláudia

Nem preciso te dizer que todos os dias lembro de ti, como uma irmã, amiga, são gatilhos que acontecem, naturalmente.

Já foi com muito sofrimento, hoje junta é saudade, é triste, mas a dor diminuiu.

Sinto falta da tua intensidade para tudo, vida trabalho, hobbies, críticas e um apoio e amor incondicionais.

Restaram as orações, as lembranças e uma lacuna, a das nossas longas conversas e trocas.

Deixo aqui a oração que fazíamos no evangelho do lar, quando eu estava em Pelotas, Maria passa na frente.

Que a luz esteja contigo!

Maria passa na frente e vai abrindo estradas e caminhos.
Abrindo portas e portões.
Abrindo casas e corações.
A Mãe vai na frente e os filhos protegidos seguem seus passos.
Maria, passa na frente e resolve tudo aquilo que somos incapazes de resolver.
Mãe, cuida de tudo o que não está ao nosso alcance.
Tu tens poder para isso!

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O metrô e a vida

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Todos os dias no metrô ela dormia às vezes sentada, quando dava, outras em pé mesmo, encostada aproveitava os infinitos minutos, até chegar ao destino.

Essa era a rotina, levantar, arrumar rapidamente o café, lavar a louça e sair correndo para pegar o ônibus, para conseguir entrar no metrô as 6h.

A vizinha levaria as crianças para a escola, deixava a mesa posta com o café e elas de uniforme, as vestia mesmo dormindo, para não dar trabalho para a amiga.

O marido?! Já tinha se ido, achado outro caminho, sequer tinha notícias dele.

O sustento da casa era por conta dela, mas comida na mesa tinha. Podia ser pão dormido com café, arroz e feijão com ovo, mas tinha. Morar no subúrbio era o que dava, no momento.

Sempre dizia às filhas: estudem, nunca dependam de ninguém, a vida só é vivida assim, façam seu próprio caminho.

Nem ela…

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Mulheres e Meninas Digitais

A pandemia agravou a situação de trabalho das mulheres, cada oportunidade é preciosa.

pós 50

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A desigualdade de gênero está em todos os lugares, apenas 5% dos cargos de chefia e CEO de empresas no mundo são ocupados por mulheres, segundo pesquisa da OIT. No Brasil, as mulheres estudam mais, porém recebem salários menores que os homens, para desempenharem as mesmas funções.

Pare, leia e reflita sobre o texto a seguir da Onu Mulheres:

O mundo do trabalho está mudando de um modo que terá consequências significativas para as mulheres. Por um lado, os avanços tecnológicos e a globalização trazem oportunidades sem precedentes a quem tem a possibilidade de acessá-los. De outro lado, estão o aumento do trabalho informal, a desigualdade de salário e as crises humanitárias.

Apenas 50% das mulheres em idade de trabalhar estão representadas na população economicamente ativa no mundo. Os homens representam 76% dessa força de trabalho. A esmagadora maioria das mulheres trabalha na economia informal,

sustenta o trabalho…

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Cida, minha íntima

Lá eu no meio do campo, minha vaca no pasto, já tinha deitado e desistido do parto, cansada, sua bezerra era grande demais para ela.

Esse foi o dia que eu resolvi fazer um parto, numa vaca, porque era isso ou a morte dela e da bezerra, não queria desistir de nenhuma delas.

Nunca tinha feito parto, só achei que podia e iria conseguir.

Talvez você não conheça o seu potencial e sequer outras pessoas saibam daquilo que você é capaz, mas entenda, muitas, inúmeras vezes, você é, até mais.

Se eu não tivesse acudido aquela vaca, ela não estaria neste mundo.

Meus filhos buscaram a pilha de panos de chão, que eu comprei num sinal. Parto é escorregadio.

A terneira, ou bezerrinha estava virada, ía nascer pelas patas traseiras.
Medo, era um pouco mais difícil, mas não impossível.

Vocês já assistiram à um parto? Eu já, mas humano, agradeci por isso, usei algumas manobras que eu havia visto.
Então, sem maiores detalhes…

A Aparecida, chegou, num dia 12 de outubro.

“Prazer, Cida para a humana Adriana, minha íntima, que me salvou.”

Léo Buscaglia, uma referência de vida.

Leo Buscaglia foi uma referência importante na minha vida. Um professor de origem italiana, lecionava na Universidade do Sul da Califórnia, o curso: Amor .

Ele falava sobre cotidiano, simplicidade, profundamente.

Dos seus inúmeros livros os que mais me marcaram: Vivendo, Amando e Aprendendo e Amor.

Compartilho com vocês um dos textos preferidos.

Glória Maria, morre um ícone

Glória vai fazer muita falta, com sua energia, vida, força.

Foi a jornalista da minha geração, cobriu de tudo, participou de verdade nas suas matérias, mostrando todas as suas emoções. Pioneira.

Abriu caminhos, para as mulheres. Para as mulheres negras foi ícone, farol, coragem.

Fez história, Brasil, mundo,vida!

Única, estilo inigualável, essa é a palavra: admirável!

Ela realmente viveu! Vai em paz Glória, a luz te recebe com muita honra!

Usurpação, o dia que invadiram o Palácio do Planalto

Eu já usei essa mesa, ou uma idêntica, escolhi pela beleza do trabalho na madeira.

Eu trabalhei no gabinete pessoal do Presidente da República, no 3º andar.


Fui servidora da Presidência da República por 24 anos, 8 deles no gabinete pessoal, como adjunta.


A invasão de domingo também me invadiu, de tristeza, de perda, vi a mesa no meio das cenas de destruição, foi desolador, fui usurpada.

Nunca, trabalhando no 3° andar, tive a sensação que isso, um dia, poderia acontecer, nunca.


O espelho d’ água do Palácio Planalto não era previsto no projeto original de Oscar Niemeyer, foi construído em 1989, no final do governo Sarney, depois que um homem, dirigindo um ônibus, subiu a calçada do planalto e chegou até as pilastras.

Ali foi percebido a fragilidade da segurança do prédio. Se tivesse subido 2 rampas estaria no 3° andar, o do Presidente. Os protocolos foram revistos, o espelho foi instalado, como uma barreira física.


O palácio sempre foi guardado e protegido por seguranças, ligados ao GSI (Gabinete de Segurança Institucional), pelo batalhão da guarda presidencial (infantaria), ou pelo batalhão dos dragões da independência (cavalaria). Tem sempre parte da tropa de plantão, para proteger 4 palácios, o Planalto, o Alvorada, o Jaburu e a Granja do Torto, os ligados à presidência da República. Tem sempre segurança dentro dos prédios.

Mesmo sendo do corpo de servidores da presidência da república, depois que saí do gabinete, eu só poderia transitar me identificando na segurança das recepções.


Sei lá, me invade um sentimento de angústia, sempre me senti segura lá dentro, me pergunto onde estava essa gente, que sempre deu proteção…


Onde vocês estavam? Por que não protegeram o Palácio?

Não existe fórmula para um ano perfeito

Faça suas reflexões para o novo ano. O que quer que aconteça?

Verifique o que é realmente importante e relevante para a sua vida e faça disso o maior sonho a maior conquista.  Isso vale para os pedidos de desculpas que não fez, aquela declaração que não disse, aquela visita que você vive adiando. 

Trate de avivar a sua vida. Se quiser dançar, dance.  Cante! Vá ao cinema quando desejar, coma aquele doce que você tanto gosta, faça pipoca pra ver TV, não fique adiando planos, mesmo que sejam simples.

Sabendo que, um momento pode mudar tudo, o que estamos fazendo em nossos instantes?!

Perdemos a nossa verdadeira expressão, a verdadeira exteriorização de nós mesmos, vivemos para agradar aos outros, infelizes.

Se pergunte e responda, onde quero chegar, com quem quero ir, só você pode ser só você, qual caminho irá trilhar, seja honesta, porque só você terá as respostas.

Na vida o melhor é ser o mais honesto possível, inclusive consigo mesmo! Não se foge de problemas, no máximo se adia.

Monitore sempre os seus sentimentos e os seus problemas, para que não se agigantem e para não se afundar com eles, para não atrapalharem a navegação.

Para a vida o diálogo, o respeito e o amor são uma boa fórmula, um bom caminho.

A vida tem suas estações, tudo ao seu tempo, mudamos para evoluir, assim como na natureza.

O tempo não para, não pare no tempo. Não perca a capacidade de sonhar e continue colorindo a tela em branco que é a vida.

Pavê zás trás

Receita super rápida e fácil!

Então, meus queridos, vocês poderão arrasar nesse final ou início de ano, com essa receitinha super rápida e gostosa, a família e os amigos agradecem!

  • 1 lata de leite condensado
  • 1 lata de creme de leite
  • Suco de 3 limões (pode ser taiti ou siciliano, este deixa o pavê mais suave)
  • 14 bolachas maria (pode ser substituída por biscoito de leite, maisena ou champanhe)
  • 1 pacote de suspiro (merenguinho)
  • Raspas de um limão
  • 1 liquidificador
  • 1 prato refratário

Bata no liquidificador o leite condensado e o creme de leite, acrescente o suco de limão. No prato refratário cubra o fundo com parte desse creme, cubra com a metade do biscoito e esfarele metade do merenguinho por cima. Repita a operação e jogue por cima as raspas de limão. Leve ao congelador por 1h.

Se quiser incrementar essa receita coloque fatias de morango entre as camadas, dobre a quantidade de merenguinho, o sucesso é garantido!

Uma delícia só…

Mais uma gostosura para a sua mesa!

Baianos, uma receita da vó Olga

Aprendi a amar comida com a minha avó. Sou de uma família onde os encontros sempre se deram em torno de uma mesa, ou de um fogo.

É assim que recordo alguns de meus melhores momentos da vida. A cozinha me emociona.

Receitas e mais receitas… Essa aqui achei há pouco tempo, relendo o caderno de anotações da minha avó Olga.

Me recordei, de imediato, quando ficávamos a espreita, ela virava as forminhas rapidamente para tirar os doces, os que desabassem eram nossos, um contentamento!

Divido com vocês, certamente vai tornar alguém mais feliz. Escrito exatamente assim.

Baianos:

meio quilo de açúcar, 125 gramas de manteiga, 18 gemas, um côco ralado
Bata às gemas com açúcar e a manteiga e junte o coco, leve ao forno em forminhas.

Nem sempre a verdade é a melhor resposta…

pós 50

Minha mãe faleceu no início deste ano. Faria 100 anos, em 2025, e os momentos de lucidez já eram raríssimos.

Estávamos conversando, certo dia, e ela me perguntou, apontando para o céu, e a minha mãe?

Então, ao invés de responder, eu simplesmente comecei a falar das coisas que a vó fazia na cozinha, com cada fruta da época.

“Mãe lembra da vó descascando os pêssegos? Para fazer a geléia, a pessegada, os pêssegos em calda e os suco de uva?! E aquela vez que ela mandou o pêssego em calda para ser enlatado?! 12 fatias por lata, ao abrir descobriu que o responsável enlatava 10, ficando com duas fatias, de cada lata, para ele.”

Lembrei das fornadas de cucas…

Ela ria das histórias…

Era uma maneira de relembrar a sua mãe, minha vó Olga, reviver os momentos felizes.

E assim eu levava, porque não queria relembrar nela, em uns…

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Estrutura e Conjuntura

pós 50

Lembro de vários momentos, em minha vida, em que eu estava dentro de um turbilhão, e pensava o quão difícil seria contornar aquela situação, que, hoje, olhando para trás, percebo como seria tranquilo administrar, mas a maturidade de agora é que enxerga e percebe isso.

Difícil se distanciar e fazer uma avaliação de como agir, mas é uma ação necessária. Olhar como espectador e não como ator.

Costumo dividir as situações em estruturais e conjunturais.

Estrutural é aquela situação que vai marcar a minha vida e fará com que a ela se modifique. O nascimento de um filho, a morte de alguém muito próximo, uma doença grave ou limitante. São aquelas mudanças que deixam uma marca indelével. As capazes de interferirem nos nossos valores, nos mudar.

As conjunturais podem ser difíceis, no momento em que se vive, trazerem sofrimento, mas só fazem diferença durante certo tempo, enquanto se está nela…

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Jô Soares, um pouquinho de nós

Tem dias que a gente se sente
Como quem partiu ou morreu…

Roda viva – Chico Buarque e MPB4

Hoje morreu Jô Soares… se aconchega uma tristeza em mim.

Fez parte da minha vida, a vida inteira.

Os programas de humor, assistia todos.

Ele me fazia dormir tarde, porque eu queria assistir todas as entrevistas do sofá, no final da noite. Incentivava a minha notivagacidade (não sei se tem essa palavra, mas em mim existe).

Com ele era possível viver cultura, política, humor,futebol.

Gênio!

E o Brasil vai ficando mais triste, mais sem graça, as risadas diminuindo…

Fica uma saudade… Fica o enorme legado.

E agora minha vó?!

Sou uma neta privilegiada, tenho o livro, da minha avó paterna, Amélia, que descreve todo o gerenciamento de uma casa. Tem de tudo, o mais precioso para mim, cardápios detalhados. Foi um presente de minha madrinha.

Privilégio duplicado, há alguns anos, minha tia Eny, me entregou o caderno de receitas da minha avó materna, Olga. Minha tia acreditava ser eu uma das herdeiras, das prendas de minha avó Olga, pois algumas vezes cozinhei para ela.

É um caderno simples, capa de papelão, costurado no meio, daqueles em que se anotavam as despesas do armazém. Consta ali, ao final, inclusive, algumas despesas da época.

Guardo com muito cuidado, por sua precariedade, passadas muitas décadas, desde sua primeira anotação. A capa está a desmanchar-se.

Que letra linda e desenhada, foi a primeira impressão, me pareceu que outras pessoas ali escreveram receitas. Algumas grafias feitas em caneta tinteiro, outras em lápis ou caneta comum.

Resolvi transcrever algumas receitas, após o pedido da receita de quindins, solicitada por uma prima. Presente garantido em nossos aniversários.

Quindins, é uma das poucas receitas detalhadas. Vó Olga só apontava os ingredientes e rapidamente o cozimento. Tinha todo o processo guardado em sua cabeça.

E agora minha avó?!

  • o que seria um pão de 200 réis;
  • meia quarta de batatas ou uma quarta de amêndoas;
  • uma dita de manteiga
  • Ou quanto é Cem réis de caninha ou spirito (não faço ideia o que seja esse).

O mais fácil, até agora, foi converter libra em kilo ou gramas…

Em uma pesquisa no Google, encontrei referências à antigas medidas lusitanas. Algumas datam da mudança da família real para o Brasil, sem, no entanto, ter qualquer registro da conversão de quarta ou dita.

Tem sido uma aventura, deliciosa, traz as melhores recordações, de quando, muito pequena, mal os olhos transpunham o tampo da mesa, observava as prendas de minha avó como confeiteira.

Os quindins, ou queijadinhas, desabados ao desenformar, tinham paradeiro certo, a barriga dos netos presentes.