
Segundo o IBGE, o Brasil tem quase 13 milhões de deficientes, me impressiona o apartheid, apesar da lei de inclusão, que assola essas pessoas.
O lugar onde moro, apesar de ser uma cidade planejada, não tem nenhuma infraestrutura nas calçadas para cadeirantes chegarem aonde precisam.
As calçadas são precárias, cheias de armadilhas, não tem rampas nas faixas para pedestres, e, se há de um lado, não há do outro. Um pequeno exemplo dentro deste enorme universo, de simples solução.
Pela lei, uma empresa com mais de 100 funcionários, deveria empregar de 2 a 5% de pessoas deficientes, isso não é cumprido.
E agora falo da parte mais cruel deste processo, a inclusão das crianças deficientes nas escolas públicas. Ela existe legalmente, porém em muitas escolas sequer tem pessoas preparadas para acolhê-las. E que discriminação sofrem, principalmente, das mães dos seus coleguinhas.
Como sei disso?! Nos vários relatos que acompanho, nas redes sociais, de crianças que não foram convidadas para as festinhas dos seus colegas, que foram alijadas desse convívio social pelas outras mães.

Conviver com as deficiências é inclusivo, é reconhecer que a nossa sociedade não é perfeita, é saber lidar com diferenças nas relações afetivas, é trabalhar com a aceitação do outro, é incentivar o convívio social.
Minha mãe tinha uma prima, cujo filho tinha paralisia cerebral e, desde a minha tenra infância, eu convivi com ele, isso foi extremamente importante para mim como ser humano.
Gente, são 13 milhões de pessoas, a maioria delas apartadas do convívio social, porque nós não sabemos conviver com a diferença, com aquilo que não entendemos ou não queremos reconhecer.
O que seria natural é sermos humanos, integrar e conviver, sem discriminação, temos que nos reconhecermos como iguais na diferença, respeito é o que se quer.