Exibicionistas!

A palavra do título não é a que melhor define o que sinto, é pernóstico mesmo.

Estudo para caramba, não para exibir o que sei, mas porque eu gosto de aprender, cada dia mais, me satisfazer, é uma das minhas terapias.

Não digo isso para me vangloriar, o motivo deste texto é outro.

Me irritam as pessoas que falam citando autores, para demonstrar o quanto são cultos. Para mim são exibicionistas.

Me irritam mais ainda quando percebo que esse tipo de fala é para plateias que julgam saber menos que elas…

Para mim são afetados e pernósticos.

Como julgar o saber das pessoas?! Eu tenho certeza que sei pouco, e, as vezes, gostaria de ter mais tempo de vida para saber mais.

Respeito os diversos saberes do mundo. Tanta gente já me ensinou tanto! Têm o meu profundo respeito as pessoas que, naturalmente, transmitem os seus saberes.

Podemos distinguir quem realmente nos oferece o que tem de mais especial, o dom e a generosidade em ensinar.

Um outro tipo é cansativo também, os que tentam se nivelar por baixo, medíocres, que falam besteira, que o fazem apenas para ter sucesso popular, populistas.

Acredito na transmissão do conhecimento em linguagem simples, quando se fala para se ser entendido.

Na transmissão, compreensão e aprendizado, a linguagem faz a diferença.

Conhecimento sempre deve somar, nunca diminuir.

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Se me derem licença…

Pessoal eu vou me auto elogiar sem constrangimentos, descaradamente!

Vou explicar o porquê.

Estou me sentindo fodástica! Desculpa se o termo agride, mas é isso mesmo, não encontrei outro pra expressar o meu sentimento.

Eu tenho síndrome de Sjögren, uma doença rara, isso quer dizer que eu tenho pouquíssimas lágrimas (sinto areia nos meus olhos o tempo todo), pouca saliva (a boca seca de repente, imagina engolir) e todas as minhas articulações doem, todos os dias, (algumas já operei), além de problemas pulmonares (diversas pneumonias e problemas respiratórios), porque essa raridade afeta as glândulas exócrinas, externas e internas. Só para dar parte do cenário diário para vocês.

E o que eu faço com isso?! Eu vivo! Vivo o máximo, tudo o que eu posso viver, fiquei em distanciamento social, nesta pandemia do COVID, por mais de ano.

Terminei uma pós-graduação em psicologia positiva, em paralelo com cursos de certificação.

Na conclusão da pós, para o projeto final, poderíamos escolher entre diversos templates. Entre eles, um artigo científico, ou uma entrevista com pessoa renomada da área, um vídeo, um produto, um meio de divulgação da psicologia positiva, enfim eles foram super criativos, em nos proporcionar diversas formas para concluir.

Para esses diferentes tipos tínhamos de que desenvolver um roteiro, descrevendo o que faríamos, dentro das referências bibliográficas da Psicologia Positiva.

Eu escolhi desenvolver um blogue, o PAP, propósito acolhimento positivo.

Foram meses quebrando a cabeça, a começar pelo tema, depois layout, paleta de cores, produção de conteúdo, estudando, tudo com cuidado.

Concomitantemente, eu lia os últimos artigos e livros, sobre a Psicologia Positiva, distanciamento e isolamento na pandemia, sobre como desenvolver um blogue, para população leiga, com conteúdos da PP, de fácil acesso e aprendizado do conteúdo.

A partir disso, escrever um roteiro de uma maneira científica, descrevendo cada etapa de construção do blogue.

Gente eu penei!

Então, cuidava de tudo conciliando com os afazeres da casa, limpar lavar, quem cuida disso sabe o trabalho que dá, nunca acaba.

Não cozinho, as mãos inflamam e doem, meu marido cuida disso brilhantemente.

Eu tinha uma faxineira, uma vez por semana e só ia retocando a limpeza durante os demais dias. Madalena, como eu, fez distanciamento!

Voltando ao blogue, cara fiquei orgulhosa, acho que mandei bem no acolhimentopositivo.com! Visitem!

Concomitante, terminei o roteiro científico, encaminhei para o orientador. Confesso que não correspondeu as minhas expectativas, ele só leu o texto, como se o blogue não existisse. Frustrada aqui!

Não deixei de cuidar, junto com a Sandra (mana do coração), da página Pós50, continuo frequentando meu grupo de política online (fiz ciência política, não desliguei), e fui me preparando para prova final dá pós graduação.

Fiz um monte de cursos gratuitos. Doida!

Na idade do condor eu estou mandando bem! Ah eu estou orgulhosa, e sim, me sinto muito fodástica!

Políticas públicas e sociais são possíveis no combate ao desemprego!

Grata lembrança, com Paul Singer em um dos treinamentos do Casa Brasil

Existe saída para o desemprego, mas tem que haver um comprometimento e fomento do Governo Federal para isso, principalmente com os jovens.

Eu participei, há anos, de um projeto de inclusão digital, super integrado, a proposta continha: formulação de novos empregos, assistência às camadas das populações mais carentes, acesso aos serviços do governo, via internet, capacitação de pessoas e financiamento para aquisição de computadores.

Pode parecer confuso, inicialmente, mas eu explico.

Hoje quase todos os serviços do governo estão acessiveis via internet, mas existem camadas da população que não têm acesso a isso. Ou não tem acesso aos computadores, ou não tem internet em casa.

Assim foi planejado um programa para a criação de uma política de financiamento para aquisição de computadores pelas classes C e D e, para classe E, que não tinha sequer condições de adquirir um equipamento, o acesso a um local, para que essa população tivesse acesso a serviços de governo e suas políticas.

Somente um local com equipamentos não seria suficiente, teria que ter técnicos para auxiliar a essas pessoas, em seus primeiros contatos com as máquinas e tecnologias.

Havia a necessidade de capacitação dessa comunidade e, para tanto, seria utilizado os próprios recursos humanos dela.

A proposta era formar jovens moradores jovens que já tinham interesse em TI e dar-lhes certificação, em Linux, software livre, para que o governo não tivesse que pagar por licenças).

Esses mesmos jovens voltariam às suas comunidades e replicariam essa capacitação a outros jovens dali. Teriam, também o seu primeiro emprego, como técnico encarregado dos projetos comunitários, daquela região ou estado. Havendo, assim, um ciclo virtuoso de aprendizado.

E, essas comunidades carentes, seriam organizadas por pessoas encarregadas de fazerem o elo entre comunidade e governo.

O acesso ao financiamento dos computadores se deu com a articulação do governo com os grandes varejistas. Para tanto, o governo se comprometeu a baixar os impostos sobre esses equipamentos tecnológicos, fazendo assim que o preço do produto caísse e, em troca, o mesmo fosse parcelado em, no mínimo, 10 prestações.

Com isso, com o aumento das vendas, o mercado foi aquecido, por uma faixa da população que não costumava gastar com tecnologia. Mais um ciclo virtuoso.

Foi concedida pela Linux 150 bolsas para a capacitação e certificação dos jovens das comunidades.

A instalação de cada Casa Brasil, esse era o nome do projeto, foi feita em comunidades com baixo índice de IDH, onde a necessidade era premente e o acesso aos serviços de governo, urgentes.

Para casa região foi pensado outros tipos de serviços, conforme a característica e necessidades do local e de sua população.

Após dois anos de implementação, cada casa Brasil seria repassada para a gestão da prefeitura municipal, para que desse a subsistência necessária a sua continuidade.

Havia, também, um projeto irmão no governo, o ponto de cultura, dirigido à cultura digital. E um comitê de inclusão digital, que coordenava as ações na área.

O casa Brasil e o ponto de cultura tinham um conselho gestor, envolvendo diversos ministerios e foram concebidos por Sergio Amadeu e Celio Turino, respectivamente.

Como todo projeto de um governo, este também foi descontinuado. As prefeituras também não se prepararam para administrar essas casas.

E, hoje, das 154 casas implementadas, deve haver no máximo 10 ainda em funcionamento, mas fora do planejamento inicial.

Época de empatia nas politicas públicas de governo, as pessoas se preocupavam com as outras pessoas menos favorecidas. Saudade!

A definição do projeto e seus objetivos:
“O Casa Brasil é um projeto do governo federal, que tem como principal objetivo, reduzir a desigualdade social, em regiões de baixo índice de desenvolvimento humano.
Superando os conceitos de inclusao digital vigentes, o Casa Brasil não leva somente computadores e conectividade, leva um espaço que privilegia a formação e a capacitação em tecnologia, aliada à cultura, arte, entretenimento e participação popular, com forte apoio à produção cultural local. O projeto foi pensado para que a comunidade se aproprie de cada Casa, transformando-a em um espelho cultural de sua localidade.
Superando os conceitos de inclusao digital vigentes, o Casa Brasil não leva somente computadores e conectividade, leva um espaço que privilegia a formação e a capacitação em tecnologia, aliada à cultura, arte, entretenimento e participação popular, com forte apoio à produção cultural local. O projeto foi pensado para que a comunidade se aproprie de cada Casa, transformando-a em um espelho cultural de sua localidade.
O trabalho do Projeto Casa Brasil é focado na inserção crítica na sociedade da informação, privilegiando grandes fios condutores como: democratização das comunicações, compartilhamento de conhecimento, valorização da mulher, respeito à diversidade e desmistificação das tecnologias.
As atividades são dirigidas para as seguintes linhas de ação: comunicação comunitária, governo eletrônico, educação ambiental, economia solidária, conhecimento e software livres, cultura local, direitos humanos, alfabetização e leitura.
O uso das unidades Casa Brasil é gratuito e cada uma delas se caracteriza por ser uma estrutura modular que contém: auditório, estúdio multimídia, oficina de rádio e TV, sala de leitura, telecentro, laboratório (de ciências ou manutenção de computadores).”

Querido diário – geração #PauloFreire

Querido diário ontem fui chamada por Carluxo de geração Paulo Freire. Que honra, isso demonstra que eu tenho senso crítico, eu tenho diálogo, eu tenho a capacidade de discernir o certo e o errado, eu sou um ser político que conhece seus direitos e seus deveres.

Foi um afago no coração essa condecoração, por conhecer este incrível educador e seguir seus preceitos, como professora que fui. Um mestre reconhecido no mundo inteiro, com títulos de doutor honoris causa, é uma titulação inenarrável ser reconhecida por geração Paulo Freire.

A geração Paulo Freire, querido diário, acredita num Brasil melhor e mais digno, mais justo para o seu povo, por meio da educação, porque sempre soube que era a melhor saída para o desenvolvimento do nosso país.

A geração Paulo Freire nunca pensou em cortar investimentos da educação, nunca pensou em cortar investimentos da pesquisa, nunca desqualificou os professores, as universidades que são polos de excelência em pesquisa, de ciência e tecnologia e de extensão.

Querido diário é um orgulho pensar que os professores, a educação e as universidades públicas sempre contribuíram por um país melhor.

Querido diário é dignificante honrar um professor, como ele merece, porque dele vem a formação e o conhecimento dos estudantes, que são o futuro do nosso país.

A geração Paulo Freire, querido diário, não menospreza a educação e o educador!

Viva a geração Paulo Freire!

Querido diário – arrependimento

Querido diário eu me pergunto quantos eleitores do Bolsonaro estão arrependidos de terem votado nele?

Sei que vários professores votaram, mesmo sem nunca terem visto uma mamadeira de piroca numa creche, uma aula de abuso sexual em suas escolas e nem tão pouco a doutrinação marxista, de que falam… Me pergunto como esses profissionais estão reagindo a retirada dos cursos de filosofia e sociologia do ensino superior, se concordam com as mudanças na educação, com o novo ministro e com as propostas estapafúrdias, com o corte de verbas para as bolsas de pesquisa?

Também sei que alguns amigos, que defendem um mundo com atenção a natureza, a sustentabilidade e a preservação das áreas de Proteção ambiental também votaram neste candidato. Aí me ocorre a mesma indagação, satisfeitos com o desmonte do CMBIO, do IBAMA, com o descaso com o meio ambiente, com a perda de grande parte da equipe técnica demitida, com mais de 20 anos de experiência na área? E a proteção da natureza e das águas, com os mais de 400 agrotóxicos aprovados? O desmatamento da Amazônia, a invasão pelos grileiros e pelas mineradoras das terras indígenas preservadas? Como eles estão se sentindo com isso?

E as pessoas da saúde? Milhares de brasileiros sem atendimento médico, principalmente no interior do país, porque os médicos cubanos foram mandados embora e os brasileiros só assumiram em lugares convenientes. Hoje os hospitais estão cada dia mais lotados, porque as unidades de saúde foram fechadas ou estão sucateadas. Como estão sentindo?! Sei de uma médica, porque ela me disse, com mais de 20 anos de profissão, que a é primeira vez que tem vontade de se demitir do hospital público, porque ela gostaria de estar atendendo os casos graves, da área dela, AVC, infarto do miocárdio, mas está atendendo gripes, resfriados, infecções de garganta, porque a população não tem mais posto de saúde… O atendimento básico à saúde acabou!

Segurança pública, estão gostando? A única coisa que eu tenho visto é a morte de pessoas sem qualquer ligação com o crime, de trabalhadores, não estou vendo nenhum combate ao crime organizado e as milícias. As taxas de feminicídio aumentaram drasticamente. As mulheres se sentem mais seguras com a liberação do porte de arma?! Passou a sensação de que é possível ser estuprada a qualquer momento?!

Quem votou nele está gostando da reforma da previdência? Ou vai ser atingido por essa reforma em cheio?! A reforma que não mexe com privilégios de bancos, que aumenta o soldo dos militares significamente (em alguns casos em até 73%), que não mexe com grandes fortunas. O cidadão comum tem que pagar impostos, o de renda e todas as taxas impostas pelo governo, como IPVA e o IPTU. E para as grandes empresas o governo é um pai cheio de bondades, tem parcelado seus devidos impostos, inúmeras vezes, com imensos descontos, sem necessidade alguma, tem até um cidadão que conseguiu parcelar em 104 anos.

Os ricos não pagam taxas pelo seus aviõezinhos, nem pelo seu jet-ski, pelo seu iate, podem voar e navegar livremente, sem taxa nenhuma, sem imposto nenhum por esses bens de nenhuma necessidade, você está sentindo representado?

Não questiono nenhuma pessoa da área da economia liberal, essas votaram conscientes com o que pensam, com o desmonte do estado, na desestatização, de acordo com o pensamento liberal. Votaram por este motivo, são extremamente coerentes com seu voto, até tinham outros candidatos para votar: o Alckmin, o João Amoedo, o Meirelles, até mesmo o Ciro Gomes, que já foi ministro da fazenda. Temos aqui um fato concreto, não quiseram arriscar, preferiram votar num inepto e inapto, apostando em Paulo Guedes.

E os filhos querido diário, o que é isso?!

Querido diário tem sido difícil assistir a tudo isso, como já falei antes, mas eu sabia que tudo isso iria acontecer e por isso repudiei desde o início este candidato. Eu não tenho nenhum arrependimento do meu voto.

querido diário como viver nesse país onde as pessoas deixaram de se importar e agora o que realmente importa?! É só o dinheiro, o capital, o dólar, a bolsa? Qual o cidadão comum que aplica o seus parcos recursos nesses lugares ?! Aliás, aplicar o quê?! Muitos deles estão desempregados e nem se sustentar e a sua família conseguem…

Trocaram o ser pelo ter! Só que quem vai ter não é o povo brasileiro, é aquele que sempre teve e cada vez terá mais!

O que você aprendeu

Você aprendeu que o equilíbrio da natureza é importante.

Você aprendeu que as árvores são importantes.

Você aprendeu que a água é ainda mais importante, pois sem ela não há vida.

Você aprendeu que quanto mais natural a comida, melhor para o seu corpo.

Você aprendeu que tem que ter esgoto, porque a falta dele traz muitas doenças.

Você aprendeu que é importante vacinar os seus filhos, para que eles não fiquem doentes e para que as doenças possam ser erradicadas.

Você aprendeu que uma educação de qualidade pode dar futuro para o seu filho.

Você aprendeu que a ciência é importante para o país avançar e se desenvolver.

Você aprendeu que quando não paga uma dívida, ou seus impostos, você será cobrado com juros e correção monetária.

Então,

Por que você aceita:

  • as agressões à natureza e a destruição das florestas e áreas de preservação ambiental Amazônia;
  • a aprovação de mais de 400 tipos de agrotóxicos, que contaminam a sua comida e a água que você bebe;
  • que digam que vacina causa doenças;
  • que não haja nenhum planejamento no Ministério da Educação, depois de mais de 100 dias de governo;
  • que o governo corte as bolsas de iniciação científica e de desenvolvimento científico;
  • que empresários não paguem suas dívidas com o governo e soneguem impostos;
  • que cortem os seus direitos e dêm mais direitos a quem tem dinheiro?!

Por que cargas você aceita tudo isso?!

Desabafo político

Sou mulher de caminhoneiro e a única coisa que percebi foi que o diesel subiu nos postos de combustível, desde o início desta greve.

Outra coisa que acho seríssima: cortar os gastos nas áreas sociais para subsidiar, na verdade, as grandes transportadoras e não o caminhoneiro de ponta, o autônomo, aquele que luta dia a dia para manter o sustento da sua família.

O movimento teve muito caminhoneiro que precisa de um preço mais baixo de combustível, o que aconteceu foi muito mais um locaute, manipulado pelos empresários da área de transporte.

Meu marido chega a trabalhar 16h, num único dia. É uma vida difícil, estradas péssimas, insegurança nas estradas, roubo de caminhão, mortes por acidente, tudo para cumprir uma agenda e conseguir lucrar alguma coisa no final do dia.

O diesel é um combustível altamente poluente, e até hoje temos nas concessionárias caminhonetes a diesel, que as pessoas compram para circular na cidade.

Gente está tudo errado!

Governo fraco que não sabe negociar, que permitiu abusos de toda ordem. População egocêntrica que tentou passar a perna no outro que também é brasileiro, furando fila, aumentando o preço, sem nenhuma solidariedade às dificuldades que estavam acontecendo, porque o seu umbigo vem em primeiro lugar.

E agora vem cortar as verbas sociais do SUS, violência contra mulher, saneamento básico, educação, para cobrir subsídio?! Não concordo, é um absurdo.

A população deu apoio ao movimento dos caminhoneiros, porque está cheia dos desmandos, da corrupção, do desvio de verbas, principalmente para os bolsos dos políticos, chega!

Senhores políticos que tal começar a cortar na própria carne? Começando pelas verbas gigantescas do legislativo, do Judiciário, e dos ministérios excedentes, dos inúmeros cargos preenchidos pelos afiliados dos políticos, que não estão lá para servir ao público, apenas para garantir mais verbas ao seu padrinho.

Não existe milagre, salvador da pátria, discurso vazio, não acredito em quem tem mais de 30 anos de congresso e nunca tentou fazer nada, não acredito nos políticos que estão aí e que fizeram uma reforma política apenas para se perpetuarem onde estão.

O Brasil precisa de um projeto sério de governo, de programas sociais que permitam que a população possa ser empregada, ter a sua própria renda, que os tributos sejam revertidos para população em educação e saúde e demais necessidades.

Não é se perpetuando no poder de uma forma ou outra e colocando toda a família na política que vamos conseguir sair de um futuro caos.

A reforma política só serviu para que os atuais políticos possam ainda se beneficiar das verbas públicas e se reelegerem. Manter seus feudos, que é a melhor expressão da nossa política atual.

Sei que este texto vai desagradar várias pessoas, mas sou cientista política e não posso assistir tudo que vem acontecendo e continuar calada.

Vocês realmente acreditam em milagre, em mitos?!

Vamos deixar de ser marionetes, está mais do que na hora de assumir o comando do nosso futuro.

Eu filha, eu mãe

Este é o texto que resolvi fazer pelo Dia das Mães.

Não vou aqui glorificar a maternidade, vou tentar ser o mais honesta e real possível, porque eu acredito que assim é a vida, momentos de amor e alguns de quase pesadelos.

Essa é a minha realidade de vida, algumas pessoas poderão se identificar outras não, é a minha história como filha e como mãe.

Ser criada em uma família de mãe com origem alemã não foi fácil, as mães alemãs não demonstram muito os sentimentos, isso seria sinal de fraqueza. Minha infância foi difícil, não queria isso para os meus filhos.

As exigências para com os filhos germânicos é quase de perfeição. Além disso não espere demonstrações de afeto. Minha avó, que amo profundamente, não está mais entre nós, demonstrava o seu gostar pelos netos pela comida, você recebia dela lanches no meio da manhã ou tarde deliciosos, doces após o almoço e seu bolo de aniversário predileto.

Minha mãe não cozinhava, era católica, quase carola, foi educada em colégio de freiras, tinha muitas dificuldades em demonstrar afeto, achava que educar era ser rígida, quase não apanhei, mas sofri com o que considerava frieza. Já com os netos crianças ela brincava como uma menina da mesma idade.

Um dia, conversando, ela me perguntou de que maneira eu havia construído a minha relação com os meus filhos. Estávamos sempre juntos, demonstrávamos o nosso amor, diferente da relação que nós duas tivemos. Como fui educada a ser distante com ela, não demonstrar afetividade, havia realmente uma distância respeitosa entre nós.

Sei que minha resposta foi dura, mas foi sincera e profunda: mãe, eu decidi fazer o oposto da nossa relação, resolvi demonstrar todos os meus sentimentos, abraçar e beijar sempre e permitir o diálogo aberto com os meus filhos.

Amei minha mãe, tivemos muitas dificuldades vida afora, mas aprendi a respeitar todos os seus bloqueios, eles foram um exemplo do oposto para mim. Percebi o que não deveria ser feito na educação dos meus filhos.

Ficamos mais próximas, a velhice dela e a minha maturidade nos uniu.

Feliz dia das Mães!

Regras de convivência

As regras de convivência estão ficando no passado e eu acho isso muito triste, porque a boa educação faz tanta diferença para todos terem um bom dia.

Percebo, cada dia mais, lamentavelmente, é que a boa convivência está se perdendo. Coisas de educação pura e simples como, bom dia, boa tarde, e com alguns agravantes, vou citar alguns acontecidos comigo ou presenciados.

Tive uma experiencia passada na minha fisioterapia com uma recepcionista nova, sorri e falei: bom dia, ainda não lhe conheço, como é seu nome? Resposta, um momento, fui saber o nome dela no dia seguinte, porque ouvi outra pessoa dizer ao meu lado.

Quando ando pelo meu prédio sempre cumprimento as pessoas por quem passo. Vi que tinha um porteiro novo, dei bom dia, novamente sem resposta, um silêncio constrangedor. Ao voltar tentei nova abordagem, cumprimentando novamente, olhou para mim e baixou a cabeça, realmente não estou acostumada a isso. Confesso que fiquei em dúvida se era timidez.

Dando continuidade, ao me deslocar a pé o que eu mais vejo nas calçadas é cocô de cachorro, plástico jogado e papel atirado pelas pessoas, de seus automóveis.

Dizem que onde moro existe um surto de amebíase, porque os donos dos animaizinhos, que não tem culpa, simplesmente não recolhem o cocô dos seus bichos. Gente qualquer tipo de fezes causa doença.

Eu já tive cães e gatos em casa e digo para vocês, tem que gostar, porque eles necessitam de atenção, caminhar, necessitam de natureza, ar puro, fazer xixi e cocô, como nós e, isso quem faz é o dono, tem que cuidar, para que aquele que não tem bichinho não se sinta agredido com a falta de cuidado das pessoas que os tem.

Sobre papel e lixo de carros, nós mesmos sofremos as consequências com bueiros entupidos, cidade suja, enchentes.

O episódio mais grave de falta de educação que conheço é de uma lata de refrigerante, atirada de um ônibus, que bateu em um motociclista, que perdeu o controle, caiu, foi atropelado e morreu.

Percebo que o mundo anda muito mal-humorado/educado. Não se cumprimenta mais, não se diz por favor, obrigado, com licença, não se espera a pessoa sair do elevador ou do metrô para poder entrar. É um atropelamento geral, do eu primeiro.

As exigências e os limites existem para um bom convívio, para que ninguém saia por aí atropelando o espaço alheio, para que as pessoas fiquem mais confortáveis ao viver uma ao lado das outras.

Então, porque não retomar a educação?! São coisas simples que tornam o dia muito mais agradável. É muito triste ter que coexistir com a irritabilidade dos outros, com o mau humor, com a falta de sensibilidade e com a falta de educação.

De minha parte, vou continuar cumprimentando as pessoas que cruzam comigo, se me responderem ficarei feliz, caso não, vou continuar dando bom dia, porque eu sou insistente e talvez um dia desses eu receba o retorno.

Espinha na garganta

Gosto de parar pra conversar com a minha neta mais velha por telefone.

Ela já está na universidade, é uma das pessoas mais inteligentes e carinhosas que eu conheço.

Sempre que podemos tiramos um tempinho para um almoço avó e neta, mas a universidade agora a ocupa bem mais, requer mais dedicação aos estudos intensos, foi um semestre difícil, muito diferente do segundo grau.

A universidade tem seus meandros que só um semestre surrado para nos ensinar a adaptação.

Mas a pauta não é ela e sim a conversa que tivemos. Para mim foi muito importante, com ela eu me sinto à vontade de falar dos meus sentimentos mais recônditos.

Nessa conversa me dei conta da espinha que tenho atualmente atravessada na garganta. E me vi falando de uma tristeza que tenho carregado comigo.

Eu já falei anteriormente que eu sou cientista política e atualmente eu sequer consigo falar em política.

Quando eu procurei um curso nas ciências sociais e humanas eu estava numa fase em que pensava que poderia mudar o mundo, como todo jovem.

Agora me vejo reavaliando todo um caminho, a minha trajetória, de vida dedicada às políticas públicas e me pergunto porque estamos onde estamos.

Eu não tem uma resposta,  eu não consigo achar uma resposta, eu não consigo falar de política, porque o que está aí não é política é politicagem, é oportunismo.

Eu espero que um dia eu consiga voltar a discutir políticas públicas e não ouvir sobre corrupção, desvio de verbas públicas, trocas de favores, troca de recursos públicos por voto.

Para quem sempre se preocupou com a fome, com que cada brasileiro tivesse um prato de comida na mesa, que tivesse uma educação decente e saúde de qualidade, este é um momento de profunda tristeza com Brasil.

Eu tive uma formação humanista, não acredito nessa sociedade que se só se importa com o próprio umbigo, sem enxergar o seu semelhante, não acredito no ter em detrimento do ser. Isso nunca vai transformar o Brasil em  um país melhor.

Mas se tem uma coisa que eu não acredito, e o Brasil já nos provou isso em outras eleições, é em salvadores da Pátria, isso não existe, o que existe é uma população educada e comprometida com futuro do seu país, não oportunistas de plantão.

Não existe atualmente a possibilidade de se discutir política, virou agressão gratuita, não pergunto sobre a tendência política, eu tenho a minha, e vou respeitar o que vier nas eleições, talvez só não continue por aqui, porque não existe milagre.

O que me interessa é voto consciente. Conheça a plataforma da pessoa em que você vai votar, a história de vida dessa pessoa, não se deixe levar por discurso vazio.

Viver de política e não para a política, essa é a realidade de quem vive se reelegendo, salário fácil, pouco trabalho, por vezes 2 projetos em 3 décadas.

Não existe salvação sem investimento em educação, sem mexer nas estruturas sociais. Tem que haver um comprometimento com educação, com saneamento básico.

Eu fui professora, não vejo futuro para o Brasil sem investimento em educação básica e nos demais níveis, sem investimento em pesquisa, nós estamos exportando os nossos melhores valores.

Estamos numa crise de falta de diálogo, discurso vazio, sem projeto de trabalho.

Afundamos tanto que não será fácil vir a tona. E nós, brasileiros, temos que nos comprometer com o projeto que queremos de país e não esperar que alguém tome o timão das nossas mãos e faça o projeto de Brasil dele, não nosso.

De qualquer forma, independente da escolha, quem vai pagar as consequências seremos nós. O povo americano já está pagando…

O Brasil que está longe de acontecer …

Pessoal não vou discutir tendência política, cada um tem a sua! Mas vou falar de caráter! E isso é apenas um desabafo meu…

Apesar de ter estudado política, esse é um assunto que atualmente não gosto de falar, porque estudar a teoria, de como tudo deveria ser, frustra, a realidade prática não se estuda. Como tratar os desvios, a corrupção e o sofrimento da população?!

Me sinto frustrada! Olho o nosso país e pela primeira vez não vejo um rumo, não consigo enxergar uma saída e tenho muita vontade de ir embora.

Às vezes penso que o melhor é nunca ter expectativas, porque aí talvez você não se frustre.

Sempre achei o nosso país rico o suficiente para dar uma vida decente a toda a sua população. Porém, eu não contava com os desvios e nem imaginava que fossem tantos e que levasse tantos recursos necessários, deixando a saúde na miséria, as crianças com uma merenda escolar rídicula, as estradas um buraco só, as cidades sem estrutura de esgotos, portanto, sem prevenção e planejamento de saúde, o que poderia evitar grande parte das doenças.

E olha que eu só estou falando o básico, não estou falando em investimento em tecnologia da informação, em geração de conhecimento, em educação de qualidade, não estou falando do futuro que estão roubando das crianças e da juventude do nosso país.

A reciclagem do lixo é pífia, quase inexistente, são poucas as cidades que fazem e na própria capital do país sequer existe a divisão do lixo. Pouco são os lugares em que é feita, acaba sendo inútil porque o recolhimento não é correto.

As verbas dos nossos pesquisadores estão sendo cortadas, limitando as pesquisas de anos, prejudicando o futuro delas ou mesmo acabando com qualquer possibilidade de serem continuadas. É um atraso, um retrocesso…

Está na hora de pensarmos seriamente qual é o país que queremos.

Não estou fazendo propaganda para nenhum candidato. Estou falando de nós brasileiros que votamos e colocamos como nossos representantes, pessoas desonestas e corruptas.

É isso mesmo?! Vamos continuar elegendo esse tipo de pessoa?! Ou isto é apenas um reflexo do que somos?!

Sou idealista, quero um um país melhor, quero políticos dignos e quero uma vida decente para todos os brasileiros.

Educação de valores começa em casa, se não dermos o exemplos para nossos filhos podemos desistir desse país com o qual sempre sonhei.

Parece que muitas pessoas estão esquecendo de algumas palavras que realmente são mágicas, por favor, com licença, me desculpe, obrigada. Elas não existem apenas para estar no dicionário.

Outro esquecimento comum, o seu lugar na fila é exatamente onde ela estava na hora em que você chegou. Minha percepção é que estamos virando um povo, grosseiro, bruto e com muita, muita falta de educação.

O nosso direito é idêntico a qualquer o de outro brasileiro. Ninguém, absolutamente ninguém, deveria levar vantagem em cima de outra pessoa.

Meseiras

Se vocês não conhecem esse nome não se preocupem, eu até pouco tempo atrás não conhecia também.

Fui convidada por uma amiga para integrar o grupo de meseiras de Brasília, grupo muito grande são 70.000 pessoas, que se dedicam a compartilhar idéias sobre uma boa mesa. Isso me trouxe muitas lembranças.

Aqui em Brasília, pela correria do dia-à-dia, nunca desenvolvi o hábito comum em minha família que era o de colocar uma linda mesa para todas as refeições. Minha mãe tinha todos os talheres, jogos de água e porcelanas que vocês possam imaginar. Toalhas lindas bordadas a mão, de linho importado, muitas delas ou bordada por ela ou pela minha avó.

As mesas postas eram muito bonitas, e as quartas-feiras havia uma refeição formal, na sala de jantar, para que nós, os filhos, fôssemos introduzidos às regras de etiqueta e da boa mesa. Também servia para receber e reunir amigos em família, ou parente que estivesse visitando a nossa casa.

Eu nasci em Pelotas e minha madrinha morava em Porto Alegre, sempre que ela vinha em viagem participava desse almoço e era o momento de festa para mim. Deixa eu explicar, minha madrinha nunca casou, eu era sua queridinha, como ela carinhosamente chamava, na sua casa as mesas eram lindas, para mim um exemplo, colocava, para qualquer refeição, mesas impecáveis. Eram guardanapos de linho bordado, descansa talher, porta guardanapo, porcelana, todos os serviços herdados da minha avó paterna, ou que ela havia adquirido ou feito durante a sua vida, porque ela era uma exímia bordadeira.

Os móveis de jacarandá e as pratarias acompanhavam aquela beleza, sim, porque antigamente uma boa mesa era toda forrada por cristal e prata.

E, as quartas-feiras, na minha casa, também era assim. Talheres dispostos de fora pra dentro, para cinco tipos de pratos a serem servidos. A começar pela sopa depois, a salada, o prato de peixe, o de carne, e, finalmente, as frutas e a sobremesa.

Para cada prato um talher específico. Os copos acompanhavam os pratos, o jogo de águas, o de vinho branco, de vinho tinto, de água. Depois o licor e qualquer outro o que fosse necessário, se houvesse conhaque haveria de conhaque também.

No meio da mesa um bonito arranjo de flores disposto em um prato de prata específico para tal ou numa jarra.

Esses pequenos detalhes vieram de toda uma época onde as pessoas recebiam de presente de casamento porcelana inglesa, jogos de talheres de 24 peças de cada, jogos de água de cristal. Deixa eu explicar, os jogos de águas nada mais é do que todos os tipos de copo que você possa utilizar uma refeição, e todos eles eram de cristal.

essa época não nos acompanha mais, até pela questão econômica. As mulheres se preparavam a vida inteira para o seu casamento e era ensinadas a abordar o seu enxoval, então haviam muitas toalhas de linho bordado, desfiado e richelieu, ponto cheio, sombra, rococó, tantos que vocês bem imaginam. Eu conservo duas toalhas dessas, bordadas pela minha mãe, infelizmente amareladas pelo tempo, mas de uma beleza inigualável.

Esses hábitos não me acompanharam pela correria do dia-a-dia e praticidade que nos impõe. Sempre trabalhei 40 horas, estudava também, havia preocupação com os filhos sobrava pouco tempo para essas decorações.

Desculpem o texto tão longo, muitas recordações. Escrevo todos os dias meu blog, onde reúno assuntos que acompanhei na semana, preocupações, dicas, sobre viagens, receitas, lembranças, ou seja, um verdadeiro almanaque, que publico na minha página do Facebook. Quis compartilhar com vocês a beleza que me encanta até hoje sobre essas recordações e de participar desse grupo que me fez relembrar de cada detalhe.