Complicado

Mantenha-se ativo, mente e corpo!

pós 50

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Gosto da experiência de amadurecer, mas a de envelhecer não! Complicado…

Deixe-me explicar, amadurecer para mim é o conjunto de experiências que a vida te proporciona e te traz junto a sabedoria e a compreensão alargada. Envelhecer é justamente o contrário, é a perda da saúde, o enrijecimento das juntas, o desgastes das células e, particularmente para as mulheres, a menopausa e suas dificuldades, calorão, irritabilidade, desgaste ósseo, posso ficar aqui o dia inteiro falando o que uma transformação hormonal faz com o equilíbrio feminino, não é o caso, no momento.

A mente alargada sofre com o desgaste do corpo, no meu caso, me sinto absolutamente jovem no cérebro, e minha estatura física simplesmente se nega a acompanhar, a coluna então, nem se fala, trava a lombar, fisga a torácica, usa-se um novo adorno para a cervical, um lindo colar… rsrsrsrsrs…

Admiro quem sempre ao longo dos anos teve o…

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Feliz aniversário Pós50!

Dois anos de site e de página Pós50, quero agradecer a vocês que fazem conosco, eu e a Sandra, esse trabalho.

Vocês que nos acompanham, que curtem, que compartilham, que fazem críticas, todos colaboram para o nosso crescimento.

Tenho um grande e especial agradecimento para Sandra Aguiar Corrêa, que se tornou uma amiga neste desenvolvimento, durante a minha jornada, que vou contar resumidamente abaixo.

Há dois anos, depois de uma série de fatores que mudaram radicalmente a minha vida, eu decidi criar a Pós50.

Trabalho em decadência, doença grave, hospitalização, uma paralisia facial, muitos tratamentos, fisioterapia e, por fim uma demissão, 2017 foi tenso.

O que eu fiz diante do inevitável? Fui viajar com amigas. A viagem já estava toda planejada e paga, eu não teria como mudar, naquele momento, os rumos da minha vida.

Planejar todo o roteiro foi fundamental para manter minha mente sã, já que os acontecimentos no ano não ajudaram.

Quando voltei da viagem estava desempregada e era fundamental me manter ocupada, porque eu sempre fui extremamente ativa. Não queria parar…

A idéia que surgiu foi a de criar um novo blog, sempre gostei de escrever.

Então resolvi falar a minha opinião livre, leve e solta, sem as amarras de um cargo de confiança público.

Contar sobre a minha experiência de ultrapassar a barreira dos 50, sobre as aflições da idade, da vida, escrever contos, crônicas, poesias, dar a minha opinião sobre os acontecimentos. A minha terapia da vida por meio da escrita.

Por mais incrível que pareça, eu só conheci a Sandra este ano! A distância nos separa eu moro em Brasília e ela no Cassino, a praia de Rio Grande, no Rio Grande do Sul.

Metade do trabalho na página Pós50 é da Sandra, eu cuido mais do site do blog, e, no grupo de mulheres, o trabalho é quase completamente dela. Temos uma grande identidade de ideias e uma cumplicidade desenvolvida ao longo deste caminho.

Uma linda amizade que a vida me proporcionou num momento difícil!

Estamos aí para o que der e vier com vocês!

Queridos obrigada por mais um ano da companhia de vocês!

Roda Viva

Tem dias que a gente se sente
Como quem partiu ou morreu
A gente estancou de repente…

É assim que me sinto em alguns dias dessa nova era brasileira.

Vez ou outra preciso me retirar e reenergizar, porque viver fora dos padrões de dignidade humana tem sido sufocante.

Eu fui atingida nas minhas crenças de valores humanos e de justiça, porém tem brasileiros sofrendo na carne, estão vivendo abaixo da linha da pobreza.

Aquelas cenas dos venezuelanos buscando comida no lixo, eu gostaria de dizer que isso está acontecendo aqui no Brasil, neste momento, a diferença, a televisão não mostra, ou mostra pouco.

A nossa indignação é seletiva?! Conseguimos ser solidários ao distante, mas indiferentes ao conterrâneo?

As mortes violentas nas favelas continuam e nada…

Quem financia a violência onde mora? Em endereços onde é inimaginável uma operação policial, nos moldes das que acontecem onde vivem os mais pobres.

Acredita mesmo que um moleque aliciado pelo tráfico comprou um fuzil, que custa mais de R$50 mil?! E aquele cara que importa mais de 117 fuzis e mora num condomínio é o que?!

Provavelmente, o dono do dinheiro do crime convive com você, esteve numa festa onde você também estava, ou num show maneiro que você assistiu.

Ninguém segue o dinheiro.

Trabalho análogo à escravo e infantil também está valendo, aquela roupa da moda, que tanto vende, pode estar numa loja que explora essas condições. Não importa as lágrimas de quem fez.

O Brasil que condena a invasão de terras pelo MST é o mesmo Brasil que aplaude os que invadem, matam e grilam terras, desmatando 19 hectares por hora na Amazônia.

O capital se importa com o consumo, nunca com as pessoas. Você também se torna escravo dos seus desejos.

O dinheiro pelo dinheiro não tem ética. Onde anda a nossa consciência social?!

Hoje temos no Brasil 55 milhões de brasileiros vivendo abaixo da linha da pobreza, desses, 5 milhões, vivem na extrema pobreza, isso significa sobreviver com cerca de R$7,00 por dia, são os miseráveis. Provavelmente está pior, esses dados são antigos…

Estamos passando pela vida deixando as marcas da destruição pelo caminho.

Esse verso de Chico Buarque define o que sinto em alguns dias

Tem dias que a gente se sente
Como quem partiu ou morreu
A gente estancou de repente…

Se o Brasil sobreviver, me avisem

As ruínas do preconceito

pós 50

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Rute pegava o metrô todos os dias, ía cedo para o trabalho, nem sempre conseguia entrar no vagão exclusivo para as mulheres, as vezes cheio demais, outras ele já estava parado na descida das escadas. Tinha que correr e entrar na primeira porta do vagão.

Via muitas colegas reclamarem do assédio nos transportes, nunca tinha visto nada, então, em na sua cabeça já tinha um pensamento pronto, deve ser a roupa ou os modos delas, por isso venho sempre vestida como mulher de respeito, ninguém me incomoda.

Nem dava ouvidos, afinal a culpa era delas que não se davam ao respeito. Ela tinha sido muito bem educada, na igreja todos elogiavam sua seriedade.

Ouvia, vez em quando, maledicências na sua paróquia. Algumas famílias tinham se mudado, falaram que o padre não era sério. Como assim?! Até nome de santo ele tinha! Padre Antônio, era caridoso, ensaiava o coral de meninos…

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Horizontes

pós 50

Ela tinha um olhar triste, o horizonte parecia não ter fim, assim como o seu sofrimento.

Não entendia o porquê de continuar ali, na verdade só fazia pela filha, queria lhe dar um futuro melhor que o dela.

Respirava fundo a cada dia e pensava, ela merece ter uma vida melhor que a minha.

Os dias passavam lentamente, quem mandou não estudar?

Dependia completamente do salário do marido, pelo menos ele pagava o estudo da menina e o plano de saúde, para ela restava a fila do postinho.

Antes do casamento todos lhe diziam é um partido de ouro você tirou a sorte grande, ela também pensava assim.

Homem estudado, tinha feito administração, trabalhava numa boa empresa ía lhe dar uma vida de futuro.

O futuro foi uma casa para limpar, que ele sempre dizia que não brilhava o suficiente, a comida para fazer, que nem aos pés chegava perto…

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