Sempre defendi esta tese, mas existe uma diferença entre sermos independentes, é termos pessoas que dependem de nós.
Outro dia mesmo afirmei isso para o meu marido, estava preocupado, esperando uma resposta que não vinha, não dependia dele, pedi para ele relaxar.
Depois me coloquei no lugar das pessoas que sustentam a suas famílias e que estão desempregadas, fazendo bicos, para que os filhos possam comer, ter um mínimo de vida digna e estudar.
Para elas não existiu o resolvido, para elas há somente uma grande pressão nos ombros, um mundo a ser carregado.
Há uma enorme diferença entre pequenos problemas, aqueles que nos preocupam no dia-a-dia, mas que não vão afetar efetivamente a nossa vida e grandes problemas, que são aqueles que pessoas sofreram as consequências do que não podemos fazer, que está além dos nossos limites e alcance, está além das nossas mãos.
Quando você estiver pra baixo pense naquelas pessoas que a conta de luz e de água está chegando, que o gás acabou e sequer tem 10 reais para comprar pão e trazer para casa.
Sei que parece um discurso fácil o que eu estou escrevendo, banalização do cotidiano. Realmente não é, tenho visto e vivido problemas e vejo que tem gente muito pior do que eu.
Não que isso seja um consolo, o que eu gostaria mesmo é que as pessoas pudessem superar as dificuldades em suas vidas sem sofrimento.
Me solidarizo com o sofrimento dessa gente, com quem luta no dia-a-dia, e ainda procura a tal felicidade e que consegue, com o pouco que tem, superar os obstáculos e ainda fazer a vida dos outros um pouco melhor.