
Este texto vai ser sobre eleições, plebiscitos, consultas populares, sobre a manipulação das populações, explorando pessoas suscetíveis e seus medos.
A política é uma das minhas áreas de atuação e tento me manter atualizada sobre ela, de uma maneira mais completa e analítica.
Não recorro simplesmente a fontes jornalísticas brasileiras, também recorro às internacionais, que acredito serem mais isentas e fidedignas.
Assisto a todos os documentários, de 2016 para cá, sobre Brexit, eleições pelo mundo, campanhas políticas.
Eleição é um negócio, como todo negócio é manipulável. Não estou falando de contagem de votos, estou falando da cabeça do eleitor, cujos hábitos, gostos, repúdios, perfil de consumo, todo o seu jeito de viver, viraram algoritmos e foram vendidos. Negócio bilionário!
Vou compartilhar aqui filmes, documentários, ficções baseados em fatos reais, que indico.
Dois documentários imprescindíveis Brexit e The Great Hack. Uma série sobre pós verdade, Years and Years. Um filme baseado em fatos reais, Lavanderia.
Há um ano, mais ou menos, eu assisti a um vídeo impecável do YouTuber Slow, Canal do Slow 62, sobre Bolsonaro e Steve Bannon.
Ele fez um trabalho de levantamento primoroso, de como o financiamento de campanhas políticas estava usando as redes sociais, para manipular o voto dos eleitores.
Documentou todos os fatos a que se referiu, indicando as fontes. Impressionante foi assistir depois o documentário The Great Hack, lançado este ano, confirmando toda a análise do Slow.
Não há como ter esperança quando você vê o dinheiro correndo solto, em detrimento da democracia.
Carole Cadwalladr, ganhadora do prêmio Pulitzer, denunciou o Facebook, a Cambridge Analytica, a SCL, fazendo como jornalista um levantamento investigativo de como essas empresas influenciaram os eleitores e mudaram o seu voto.
Ela exemplifica os testes feitos em pequenos países, antes da eleição de Donald Trump, onde depois os mesmos métodos foram utilizados, com muito, mas muito dinheiro, usando os algoritmos do Facebook, providenciados pela Cambridge.
Estamos na época da pós verdade de Steve Bannon e sua política de ultra direita. Para ele a realidade tem que ser quebrada, destruída, para a criação de uma nova era. Propõe conflitos, usa as pessoas e as torna menos humanas, explora seus medos, com mentiras, surgem os anticomunistas, racistas, homofóbicos, xenófobos, misóginos.
Bem-vindo à nova era da pós verdade, onde a história e os fatos são irrelevantes e os algoritmos, das redes sociais, realmente fazem a sua cabeça!
Para quem viveu a política como uma ciência, a vontade é de sentar e chorar, mas a luta pela democracia tem que continuar.