Se me derem licença…

Pessoal eu vou me auto elogiar sem constrangimentos, descaradamente!

Vou explicar o porquê.

Estou me sentindo fodástica! Desculpa se o termo agride, mas é isso mesmo, não encontrei outro pra expressar o meu sentimento.

Eu tenho síndrome de Sjögren, uma doença rara, isso quer dizer que eu tenho pouquíssimas lágrimas (sinto areia nos meus olhos o tempo todo), pouca saliva (a boca seca de repente, imagina engolir) e todas as minhas articulações doem, todos os dias, (algumas já operei), além de problemas pulmonares (diversas pneumonias e problemas respiratórios), porque essa raridade afeta as glândulas exócrinas, externas e internas. Só para dar parte do cenário diário para vocês.

E o que eu faço com isso?! Eu vivo! Vivo o máximo, tudo o que eu posso viver, fiquei em distanciamento social, nesta pandemia do COVID, por mais de ano.

Terminei uma pós-graduação em psicologia positiva, em paralelo com cursos de certificação.

Na conclusão da pós, para o projeto final, poderíamos escolher entre diversos templates. Entre eles, um artigo científico, ou uma entrevista com pessoa renomada da área, um vídeo, um produto, um meio de divulgação da psicologia positiva, enfim eles foram super criativos, em nos proporcionar diversas formas para concluir.

Para esses diferentes tipos tínhamos de que desenvolver um roteiro, descrevendo o que faríamos, dentro das referências bibliográficas da Psicologia Positiva.

Eu escolhi desenvolver um blogue, o PAP, propósito acolhimento positivo.

Foram meses quebrando a cabeça, a começar pelo tema, depois layout, paleta de cores, produção de conteúdo, estudando, tudo com cuidado.

Concomitantemente, eu lia os últimos artigos e livros, sobre a Psicologia Positiva, distanciamento e isolamento na pandemia, sobre como desenvolver um blogue, para população leiga, com conteúdos da PP, de fácil acesso e aprendizado do conteúdo.

A partir disso, escrever um roteiro de uma maneira científica, descrevendo cada etapa de construção do blogue.

Gente eu penei!

Então, cuidava de tudo conciliando com os afazeres da casa, limpar lavar, quem cuida disso sabe o trabalho que dá, nunca acaba.

Não cozinho, as mãos inflamam e doem, meu marido cuida disso brilhantemente.

Eu tinha uma faxineira, uma vez por semana e só ia retocando a limpeza durante os demais dias. Madalena, como eu, fez distanciamento!

Voltando ao blogue, cara fiquei orgulhosa, acho que mandei bem no acolhimentopositivo.com! Visitem!

Concomitante, terminei o roteiro científico, encaminhei para o orientador. Confesso que não correspondeu as minhas expectativas, ele só leu o texto, como se o blogue não existisse. Frustrada aqui!

Não deixei de cuidar, junto com a Sandra (mana do coração), da página Pós50, continuo frequentando meu grupo de política online (fiz ciência política, não desliguei), e fui me preparando para prova final dá pós graduação.

Fiz um monte de cursos gratuitos. Doida!

Na idade do condor eu estou mandando bem! Ah eu estou orgulhosa, e sim, me sinto muito fodástica!

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Roda Viva

Tem dias que a gente se sente
Como quem partiu ou morreu
A gente estancou de repente…

É assim que me sinto em alguns dias dessa nova era brasileira.

Vez ou outra preciso me retirar e reenergizar, porque viver fora dos padrões de dignidade humana tem sido sufocante.

Eu fui atingida nas minhas crenças de valores humanos e de justiça, porém tem brasileiros sofrendo na carne, estão vivendo abaixo da linha da pobreza.

Aquelas cenas dos venezuelanos buscando comida no lixo, eu gostaria de dizer que isso está acontecendo aqui no Brasil, neste momento, a diferença, a televisão não mostra, ou mostra pouco.

A nossa indignação é seletiva?! Conseguimos ser solidários ao distante, mas indiferentes ao conterrâneo?

As mortes violentas nas favelas continuam e nada…

Quem financia a violência onde mora? Em endereços onde é inimaginável uma operação policial, nos moldes das que acontecem onde vivem os mais pobres.

Acredita mesmo que um moleque aliciado pelo tráfico comprou um fuzil, que custa mais de R$50 mil?! E aquele cara que importa mais de 117 fuzis e mora num condomínio é o que?!

Provavelmente, o dono do dinheiro do crime convive com você, esteve numa festa onde você também estava, ou num show maneiro que você assistiu.

Ninguém segue o dinheiro.

Trabalho análogo à escravo e infantil também está valendo, aquela roupa da moda, que tanto vende, pode estar numa loja que explora essas condições. Não importa as lágrimas de quem fez.

O Brasil que condena a invasão de terras pelo MST é o mesmo Brasil que aplaude os que invadem, matam e grilam terras, desmatando 19 hectares por hora na Amazônia.

O capital se importa com o consumo, nunca com as pessoas. Você também se torna escravo dos seus desejos.

O dinheiro pelo dinheiro não tem ética. Onde anda a nossa consciência social?!

Hoje temos no Brasil 55 milhões de brasileiros vivendo abaixo da linha da pobreza, desses, 5 milhões, vivem na extrema pobreza, isso significa sobreviver com cerca de R$7,00 por dia, são os miseráveis. Provavelmente está pior, esses dados são antigos…

Estamos passando pela vida deixando as marcas da destruição pelo caminho.

Esse verso de Chico Buarque define o que sinto em alguns dias

Tem dias que a gente se sente
Como quem partiu ou morreu
A gente estancou de repente…

Se o Brasil sobreviver, me avisem

O que não pode ser resolvido, resolvido está, será?!

Sempre defendi esta tese, mas existe uma diferença entre sermos independentes, é termos pessoas que dependem de nós.

Outro dia mesmo afirmei isso para o meu marido, estava preocupado, esperando uma resposta que não vinha, não dependia dele, pedi para ele relaxar.

Depois me coloquei no lugar das pessoas que sustentam a suas famílias e que estão desempregadas, fazendo bicos, para que os filhos possam comer, ter um mínimo de vida digna e estudar.

Para elas não existiu o resolvido, para elas há somente uma grande pressão nos ombros, um mundo a ser carregado.

Há uma enorme diferença entre pequenos problemas, aqueles que nos preocupam no dia-a-dia, mas que não vão afetar efetivamente a nossa vida e grandes problemas, que são aqueles que pessoas sofreram as consequências do que não podemos fazer, que está além dos nossos limites e alcance, está além das nossas mãos.

Quando você estiver pra baixo pense naquelas pessoas que a conta de luz e de água está chegando, que o gás acabou e sequer tem 10 reais para comprar pão e trazer para casa.

Sei que parece um discurso fácil o que eu estou escrevendo, banalização do cotidiano. Realmente não é, tenho visto e vivido problemas e vejo que tem gente muito pior do que eu.

Não que isso seja um consolo, o que eu gostaria mesmo é que as pessoas pudessem superar as dificuldades em suas vidas sem sofrimento.

Me solidarizo com o sofrimento dessa gente, com quem luta no dia-a-dia, e ainda procura a tal felicidade e que consegue, com o pouco que tem, superar os obstáculos e ainda fazer a vida dos outros um pouco melhor.

Eu carcereira de mim mesma

Em agosto, setembro e outubro de 2017 eu estava me recuperando de uma cirurgia do ombro. Estava em casa, com o braço imobilizado, poderia não ter horários, fazer o que bem quisesse, mas a realidade é que eu não conseguia!

Na minha cabeça sempre existiram regras pré determinadas, hora de tomar café, horário de tomar banho, fazer fisioterapia, sentar para escrever, publicar os textos e, assim, tem sido a minha vida. Eu sou a carcereira de mim mesma, prisioneira das minhas próprias regras.

É tão cansativo lutar dentro de si mesma entre cumprir aquilo que se pré estabeleceu e tentar ser um pouco mais livre, menos rígida. Chega a ser frustrante!

Essa luta interior perdura há anos. Eu queria agora ser um pouco mais relax, não tenho obtido muito sucesso nisso.

Tenho um lado prisioneira e outro carcereira, muito rigorosa, acho que muito mais comigo do que com quem convive com a minha pessoa (teria que perguntar à elas) .

Seria herança do lado da minha família alemã?! Pode ser que sim. Acompanhei a vida da minha avó anos a fio, levantar as 5h, inverno ou verão, para acender a lenha no fogão. Servia o almoço pontualmente às 12h e o jantar as 19h. Também não gosto de atrasos aos compromissos assumidos.

Nessa altura da vida, gostaria de me permitir algumas liberdades nas regras. Transgredir meus horários, fazer um brunch, unindo café e almoço.

Deixar de escrever e publicar não, isso me faz muito bem, é um sopro de renovação, para fazer tenho que ler e isso liga a minha cabeça de um jeito legal.

Gostaria de conseguir soltar minhas amarras, ser menos rígida, em algumas horas até consigo, viajo vendo filmes ou séries de que gosto.

E vocês, quais amarras a vida impôs?!

A dita independência financeira

Parece que, enquanto somos crianças e frequentamos a escola, não fica claro como nos preparam para a correria que será a nossa vida.

Assim, quando você acabar o segundo grau vai ter que sair correndo, ou fazer um curso superior, ou ir para um curso técnico, ou enfim trabalhar.

Nunca mais vai realmente vai descansar até que consiga dinheiro para comprar o que você sonhou.

Se conseguir esse dinheiro, ele nunca será suficiente, porque sempre queremos mais alguma coisa, na educação de consumo.

Sempre corremos atrás de ter uma independência financeira, de poder comprar as coisas que a vida inteira desejamos, porém não tínhamos dinheiro para ter.

E, finalmente, quando tivermos, como será a primeira sensação depois da compra, provavelmente uma gostosa. É a satisfação de uma grande conquista.

É um pequeno prazer, vibramos interiormente, por ter em mãos algo tão desejado que antes nunca não havia a possibilidade comprar.

Quando nos damos conta, a vida passou.

O que que realmente aproveitamos de toda essa corrida atrás de bens e dinheiro que fizemos?! O que temos pra contar da nossa vida?! O que usufruímos efetivamente dela?! E os nossos filhos, o que tem a nos dizer sobre o tempo que passaram conosco?!

Acho que essas são as perguntas que realmente importam, o que fizemos da nossa vida?!

Se a resposta for boa, parabéns você conseguiu se equilibrar entre ter, ser e viver!

Minha amiga Zezé

Parei o meu trabalho e fui correndo para o banheiro, fazia um tempão que eu queria fazer xixi. A única coisa em que eu pensava era num banheiro, naquele momento.

Entrei, fechei a porta do box e aí vi que alguém entrou no momento em que eu falava, nossa como eu estava apertada.

A pessoa do outro lado falou comigo, nossa também estava, me disse ainda, sabia que faz mal ficar  retendo xixi?! Que não se deve fazer isso?! A gente devia ir ao banheiro sempre que  sentisse vontade, e eu concordei. Realmente!

Do outro lado a pessoa ainda me falou, um médico me disse que se você sofrer um acidente com a bexiga cheia você pode estourar sua bexiga, isso é uma coisa quase irreversível, os médicos condenam, fora os problemas que podem causar aos rins.

Mais uma vez eu tive que concordar, aquilo fazia muito mal. E assim ficamos, batendo um papo sobre xixi, enquanto as duas esvaziávamos nossas bexigas.

Quando terminamos saímos para lavar as mãos .

Aí eu olho para o rosto daquela voz que me pareceu tão familiar, tão íntima e tão perto de mim o tempo todo, era ninguém mais, ninguém menos do que Zezé Motta, com um enorme sorriso, a minha amiga Zezé!

A transformação do mundo em que vivemos

ROBO

É impressionante todas as mudanças que assisti nesses 50 anos. Quando eu nasci apenas famílias mais abastadas tinham telefone em casa, a televisão era assistida pela janela do vizinho melhor de vida, em preto-e-branco. Energia elétrica só na cidade. No campo, na praia era gerador.

A terceira revolução industrial, a da tecnologia da informação, mudou completamente o mundo que conhecíamos. O wi fi foi a revolução dentro da revolução.
As comunicações deixaram de ser um privilégio apenas de quem tinha dinheiro, hoje todo mundo tem um celular. O acesso à informação é universal.

Porém temos o outro lado da moeda, se as máquinas já substituíam os homens, a sociedade informatizada faz os menos preparados perderem os seus empregos vertiginosamente, o mundo que conhecemos ontem não existe mais.

Estamos na revolução do intangível, a era do conceito, da criatividade, não precisamos mais de coisas físicas, como a terra, a máquina para ganhar dinheiro. A informação por si só não é valiosa, todo mundo tem acesso a ela, mas saber como usá-la é que é o bicho. Um grande chef, um designer, um trabalho artesanal, todos usam a criatividade, são os que ganham dinheiro usando o seu talento.

Falo, claro da nossa sociedade moderna, que ainda coexiste com lugarejos onde não se tem absolutamente nada, nem luz. Ainda temos tribos isoladas. E os robôs cada dia mais substituem as tarefas humanas, são as idiossincrasias do viver…

Mundo doido sem fronteiras, como sobreviver nele?! Me digam…

Artesanato

artesanato

Eu acho artesanato uma coisa incrível, aprecio, compro e uso. Admiro as pessoas que tem esse dom, elas transformam o dia-a-dia em arte. Coloquei nesta foto um pouco daqueles que tenho e estou usando atualmente.

Na minha família, sempre tivemos tricoteiras, bordadeiras, crocheteiras, eu fiz um pouco de cada coisa, mas nunca no nível de excelência de minha mãe, tias e primas, amo olhar cada peça produzida até hoje. Minha cunhada é uma artista de extremo bom gosto, uma artesã talentosa!

Cada peça de artesanato é um trabalho único, produzida com carinho, atenção, amor e dedicação. Ninguém no mundo terá uma peça igual a sua. Uso muitas roupas produzidas assim.

Vejo que nem sempre o artesanato tem tido o valor que merece, muitas vezes querem pagar por esse trabalho, que leva horas, dias de pura dedicação, o preço de um produto produzido em larga escala. Não é assim, o artesão não é uma máquina, ele coloca no seu trabalho um talento ímpar e horas de entrega.

Ao pegar e apreciar uma peça de artesanato reconheça o talento que está por trás dela, não questione o valor, se não quiser não compre, mas respeite o labor de quem a produziu e a habilidade e dedicação que ali está contida.

Aos artesãos desse Brasil todo o meu respeito!

Vai um cafezinho aí?!

café

Gente eu amo café, mas o meu amar vai um pouco além de gostar de tomar rsrsrsrs. Resolvi ler sobre café,  fiz um curso de barista, por fim abri uma cafeteria, faz tempo.

Não tenho mais a cafeteria, passei adiante, descobri que gosto mesmo é de servir um bom café, vender não é a minha praia.

Hoje resumo essa paixão da seguinte forma: tenho uma boa cafeteira em casa, compro um bom café em grão, que moo em casa e coo o café na hora de tomar. O curso de barista fez isso comigo, me fez gostar da qualidade…

Ao contrário do que é dito, um bom café pode fazer bem à saúde.  Um café feito e tomado na hora está livre de boa parte da cafeína, um espresso (com S mesmo, café feito na hora, como significa na Itália) é melhor ainda, cheio de óleos essenciais, muito benéficos.

Nasci numa cidade onde a maioria das pessoas toma uma bebida chamada essência, eu explico, coa-se um café super forte, se guarda numa garrafinha e vai acrescentando a mesma na xícara com água quente quando se quer tomar um café.

Outra opção comum em Pelotas é o café solúvel. Eu particularmente não gosto de nenhuma dessas opções.

Também em Pelotas existe o café Aquarios, antigo reduto machista, onde a maioria dos homens se reúne até hoje para tomar café e discutir todos os assuntos possíveis. Hoje em dia é mais frequente a presença das mulheres. Lá se toma uma opção melhor à essência e ao solúvel, café da hora.

De uns tempos para cá chegaram os espressos. Tem uns bem legais na cidade. Um dos melhores, o Café 35.

Já tomei muitos cafés coados, claro, até hoje tomo, se for na sua casa tomarei de bom grado. Mas toda paixão tem dessas manias, deixar na gente um traço de perfeccionismo em busca do melhor sempre.

Hoje tomo apenas 2 ou 3 cafés por dia, mas todos de qualidade, a saúde agradece!

Ótimo final de semana!

Médicos Sem Fronteira

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Um dia percebi que não seria a mulher que abraçaria o mundo, como tanto sonhei.

Já que não tenho como humanizar um pouco mais o planeta, posso ao menos ajudar quem pode fazer mais do que eu…

Quando vi as campanhas impactantes no Brasil e no exterior, quando me dei conta que jamais conseguiria realizar a minha utopia de ajudar quem precisava, de uma maneira grandiosa, olhei quem poderia fazer por mim e escolhi os Médicos Sem Fronteiras .

Por que eles?! A minha escolha foi simples, o imenso número de pessoas que recebiam o auxílio de uma instituição idônea. Até agora nunca ouvi falar de desvio de recursos por essa entidade, que recebeu o nobel da paz em 1999…

Já ajudei outras instituições, mas escolhi essa para enviar uma doação todos os meses. Tenho a esperança de que gentileza gere gentileza e torne o mundo melhor!

Costumamos gastar um pouco mais com festas, futilidades, coisas desnecessárias e existe muita gente que precisa bem mais do que nós. Que tal uma doação para uma entidade que você ache séria?! Que se dedique a uma causa que te diga respeito e que te toque no fundo do coração?!

Eu escolhi doar para Médicos sem Fronteiras #msf !

Fica a dica!