Filha e neta

Hoje recebi a visita da minha filha e da minha neta, tanta saudade, eu não as via desde março de 2020. Tão lindas, mesmo de máscara.

Muita gratidão por estarem bem, depois desses terríveis meses.

Sem abraços, de longe, de máscara.

Aguardo, ansiosamente  o dia em que poderei fazer um latte machiatto para elas, espumando o leite até virar creme, depois virando o espresso no meio, num copo longo, colorindo em ton sur ton.

O café e suas variações é um prazer em comum.

Vou fazer com tanto amor que vai ficar lindo de ver e de beber!

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Eu filha, eu mãe

Este é o texto que resolvi fazer pelo Dia das Mães.

Não vou aqui glorificar a maternidade, vou tentar ser o mais honesta e real possível, porque eu acredito que assim é a vida, momentos de amor e alguns de quase pesadelos.

Essa é a minha realidade de vida, algumas pessoas poderão se identificar outras não, é a minha história como filha e como mãe.

Ser criada em uma família de mãe com origem alemã não foi fácil, as mães alemãs não demonstram muito os sentimentos, isso seria sinal de fraqueza. Minha infância foi difícil, não queria isso para os meus filhos.

As exigências para com os filhos germânicos é quase de perfeição. Além disso não espere demonstrações de afeto. Minha avó, que amo profundamente, não está mais entre nós, demonstrava o seu gostar pelos netos pela comida, você recebia dela lanches no meio da manhã ou tarde deliciosos, doces após o almoço e seu bolo de aniversário predileto.

Minha mãe não cozinhava, era católica, quase carola, foi educada em colégio de freiras, tinha muitas dificuldades em demonstrar afeto, achava que educar era ser rígida, quase não apanhei, mas sofri com o que considerava frieza. Já com os netos crianças ela brincava como uma menina da mesma idade.

Um dia, conversando, ela me perguntou de que maneira eu havia construído a minha relação com os meus filhos. Estávamos sempre juntos, demonstrávamos o nosso amor, diferente da relação que nós duas tivemos. Como fui educada a ser distante com ela, não demonstrar afetividade, havia realmente uma distância respeitosa entre nós.

Sei que minha resposta foi dura, mas foi sincera e profunda: mãe, eu decidi fazer o oposto da nossa relação, resolvi demonstrar todos os meus sentimentos, abraçar e beijar sempre e permitir o diálogo aberto com os meus filhos.

Amei minha mãe, tivemos muitas dificuldades vida afora, mas aprendi a respeitar todos os seus bloqueios, eles foram um exemplo do oposto para mim. Percebi o que não deveria ser feito na educação dos meus filhos.

Ficamos mais próximas, a velhice dela e a minha maturidade nos uniu.

Feliz dia das Mães!

Cresça, com muita raça

Comecei este texto com um objetivo e, de repente, mudei. Por que eu mudei completamente o rumo do texto que eu iria publicar hoje?! Porque surpresas e problemas aparecem no nosso caminho a todo instante. Ía falar sobre a experiência com o Google, mas minha mulher e a vida falaram mais forte, hoje o foco será mulher, emoção e força.

Eu participei de duas etapas do Cresça com o Google e, numa delas, uma das palestrantes falou da importância de as mulheres liderarem suas próprias vidas.

Eu só digo uma coisa para vocês, tem que ser muito forte pra ser mulher, porque a vida nos dá muitas rasteiras. Nos coloca a prova à todo o momento.

Primeiro nas relações sociais, onde nos impõe regras e mais regras desde pequenas e elas só aumentam no decorrer de nossas existências. Depois no casamento e quando nos tornamos mãe, cobranças mil de comportamento e maternidade.

E, se resolvermos não casar ou não ser mãe, o mundo se acaba sobre as nossas cabeças, existe uma cobrança diária do porquê desta decisão.

Quando começamos a envelhecer, existem as cobranças com a imagem, com os cabelos, com a nossa pele, com a nossa beleza, ninguém respeita as nossas opções, simplesmente cobram. Esquecem que envelhecer é da vida!

Falando em envelhecer, já passados 3/4 do curso, me liga a cuidadora da minha mãe (meu anjo – Mara), problemas nos exames venosos, saio, tento encontrar a médica, que graças a Deus me deu seu WhatsApp. Pensei que seria um caso de hospitalização, mas não, apenas a entrada de anticoagulantes, que na idade dela é um problema menor.

Somos uma montanha russa de emoções! E a vida nos traz muitas cargas a mais.

Acordar entusiasmada por um curso, interromper o mesmo para tomar decisões relativas a precária saúde da mãe idosa. Mudar o foco em 180º em um segundo.

Vocês sabem, eu também cuido todos os dias da minha saúde e da minha energia vital, então haja raça para manter boa disposição física e mental.

Me sinto mãe da minha mãe, no mínimo uma jornada estranha, abraço um leão por dia, mas sigo em frente, firme.

Tem que ser mulher, muito mulher no mundo atual e estar preparada para as vicissitudes da vida, em um único dia, além da dupla ou tripla jornada!

Só digo uma coisa, haja o que houver, nunca, nunca se restrinja, nunca desista, afinal, você é mulher e somos fortes, mesmo na flutuação dos sentimentos e emoções!

E unidas somos muito, imensamente muito, mais fortes!

Carta da D. Zilá para sua filha Cláudia – 29/10/2017

Claudia minha filha, 29/10/2017, há a cinquenta anos Deus colocava dentro do nosso lar uma estrela e junto com ela a luz, o amor e a felicidade.

No teu álbum de bebê escrevi este pensamento: trabalha estuda e ama, pois do trabalho vem o progresso, do estudo a luz e do amor a felicidade. Conquistastes tudo isso, eras a nossa menina de domingo.

Ficastes no lugar do teu pai , nos davas amparo e segurança, mas um dia a maldade te tirou de dentro da tua casa e te tirou também a vida, aquela que só Deus podia tirá-la.

Continuas conosco filha, em cada árvore, em cada flor.

Que Jesus te abençoe e te guarde e Maria santíssima te cubra com seu sagrado manto, te amamos!

Mãe.