Se tem uma coisa que a vida não nos ensina é ser mãe. Apesar de fazermos um longo estágio com a nossa mãe, mas aí a posição é de filho, filha,isso não nos prepara para nada.
E como somos críticos quando olhamos para nossa mãe, o quanto cobramos com a nossa visão enviesada de filhos.
Eu amo imensamente os meus filhos e não sei como seria a minha vida sem eles, porque amei ser mãe.
Dificuldades?! Tive muitas, muitas mesmo, porque fui mãe muito cedo.
Muitas vezes quando olho para minha filha mais velha penso, coitada da minha cobaia. Sei que ela me preparou muito melhor para chegada do meu segundo filho.
Imagino também o quanto ela deve ter sofrido por ser a primogênita. Só tenho uma certeza, ela sabe que eu a amo, apesar dos pesares de toda sua criação.
É claro que criamos muitos traumas na educação dos nossos filhos, assim como nossas mães fizeram conosco.
Se formos avaliar a imperfeição de todas as mães, incluindo nós mesmas, percebemos o quanto o ser humano é falho, o quanto temos de dúvidas, o quanto nos pegamos despreparadas para exercer essa atividade.
Só tem uma coisa que nos preserva, o amor. Aqui não quero fazer aquele culto do pedestal à todas as mães, que eu acho completamente errado, que mãe é amor. Não acho isso não, acho que o amor, quando ele existe, porque muitas mães não amam seus filhos, nos ajuda muito na criação das nossas crianças, porque ele suplanta os erros que são cometidos.
Não existe receita para criação de filhos mas eu acredito em duas coisas amor e respeito. E quando eu falo em respeito eu também falo de limites. Tanto limites para filhos quanto limites para pais.
Eu explico, eu sempre fui dura na criação dos meus filhos, dura nos limites, nas explicações, em horas de conversa, em demonstrar os valores, em definir lugar de mãe e de filhos, porém nunca bati, não acredito nisso, acredito em diálogo. Eu tinha uma paciência imensa para explicar o que podia, o que não podia e o porquê que não podia.
Nunca dei tudo o que eles me pediram, até porque não tinha dinheiro pra isso, mas sempre pedi que eles escolhessem algo muito especial de aniversário, essa data era especial pra mim, nessa data eu queria que eles sentissem o quanto eram preciosos e por isso o presente era mais do que especial.
Não existe receita para criação de uma pessoa, penso que o diálogo o respeito e o amor sejam uma boa fórmula, esse é o caminho.
Agora, se erramos enquanto criamos nossos filhos, acertamos perfeitamente a mão quando nos tornamos avós!
Republicou isso em pós 50e comentado:
Em tempos de pandemia, resta a saudade eles estão pertos, mas não ao alcance…
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