
Eu não escrevo: teço armadilhas de luz
onde nos perdemos (e nos achamos) voluntariamente.
Nosso segredo é de versos que mordem
Somos:
rede e faca,
queda e asa,
veneno e antídoto.
E nesse jogo, só perde
quem não ousa cair de olhos abertos.
Reconheço em ti
o mesmo vazio que dança em mim
Te enovelo, não para sufocar,
Mas para sentir nosso duplo pulso
Sob a mesma seda.
E abraço o perigo
Te chamando de poesia.
Poesia de AdrianaFetter