Ainda lembro nitidamente a madrugada em que ela se casou. Eu fique acordada só pra assistir o casamento na Inglaterra. A transmissão foi de madrugada, eu vi numa televisão preta e branca, estava na praia, não lembro porque estava lá, no laranjal, e o casamento foi lindo.
O vestido dela acabou ditando moda, todas as noivas daquela década praticamente se casaram com mangas bufantes.
Sempre fui uma fã da pessoa, da postura, mas ela tinha um olhar muito triste. Mesmo no casamento eu achei que olhar dela estava triste, anos depois eu soube que ela tinha visto dentro da igreja a amante do marido.
Não deve ter sido nada fácil ser da realeza, ter tantos compromissos, ter todas aquelas regras a serem seguidas, viver dentro de Palácio cheio de etiqueta e ser perseguida por paparazzi a vida inteira.
Acho que ela foi muito mais feliz depois que se separou e nobremente deu um rumo a sua vida nas campanhas e luta contra a Aids e contra as minas terrestres, aí sim eu acredito que sua vida teve sentido.
Todas nós vivemos um pouco a vida da lady Dy, suas alegrias, a sua maternidade, as suas desilusões. Todas nós sempre tivemos um pouco do sonho da princesa, mas vimos o sonho dela virar pó e sofremos também com isso. Então assistimos a fênix renascer das cinzas e isso renovou nossas esperanças a felicidade.
Senti muito a sua morte achei injusta, no momento em que ela parecia estar feliz, lutando pelos seus objetivos.
Ela foi um símbolo pra todas nós, que espelhávamos nela e na sua juventude os nossos sonhos.
Republicou isso em pós 50.
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