Que chatice essa história de homem entrar no vagão de mulheres!

Hoje peguei o metrô para voltar pra casa, depois de 2 horas esperando para ser atendida na farmácia de alto custo, normal. Muita gente precisando de remédio.

Eu entrei no vagão para mulheres, tenho direito a lugar por lei, estava meio cheio, então fiquei na minha, em pé.

No meio do trajeto, para minha surpresa, entra um homem, um pouco mais velho que eu. Ainda olhei bem para ver se ele tinha alguma deficiência, se usava algum tipo de colar, não, ele entrou ali porque ele quis.

Perguntei o que ele estava fazendo ali, mostrei a legislação, escrita em letras garrafais na frente dele, sobre o uso exclusivo do primeiro vagão para as mulheres, que não permitia ele estar ali. Se fez de louco, disse que em nenhum lugar é assim, eu falei para ele aqui é (Brasília), e há muitos anos. Ele não saiu…

Ainda teve uma criatura que levantou para ceder o lugar para ele. Aí uma outra mulher ficou indignada e foi abordá-lo também. Detalhe eu passei a viagem inteira em pé, na frente da cedente. Eu as minhas mais de seis décadas e os meus cabelos brancos. Sobre essa prosa de mulher desvalorizar a outra e passar pano para homem, fica para depois.

Quando eu desci fui no maquinista e falei: tem um homem aí dentro do vagão das mulheres, ele falou que ia chamar o segurança.

Segui para minha casa, parei no caminho e tomei um chai latte.