
Sobre suas mãos,
o café fumega como prece matinal.
No véu de vapor,
Brasília desabrocha:
ipês roxos beijam o alvorecer,
o concreto vira poesia,
e o mundo — inteiro, infinito —
cabe no círculo sagrado
dessa xícara,
desse instante,
desse seu olhar
que nunca para de nascer.
Poema de AdrianaFetter
