O jardim do meu pai

Quero falar de um mundo de cores, flores e amores. Quero falar do meu pai.

Hoje é o seu aniversário de nascimento e festejo também o que nos une,  os jardins, as plantas, as flores.

Meu pai era caprichoso, ao formar seu jardim tinha esmero e acuidade.

Fazia canteiros lindos, tudo era organizado, incrível. Em volta de cada planta maior ou roseira, havia um canteiro, de cores e alturas para destacar a flor principal, o botão de rosa, o Pessegueiro de Jardim. Dando um fino acabamento aos canteiros, os Álissos brancos.

As árvores e arbustos eram pintados com cal, os caules brancos destacavam a beleza do todo.

No nosso jardim tinha todas as cores de rosas, a que gravei, pele de moça bonita. Começava champanhe, ía  mudando de cor até a borda rosa.

Amava o que fazia, cuidava com carinho, trazia sementes de Holambra, lembro dos ninhos que acomodavam as sementes, as batatas e as mudas.

Ele me ensinou o nomes de flores, pouco conhecidas e acho isso adorável. Me levava em casa canteiro apresentando: Rosa, Cravo, Strelitzia Regina, Amarilis, Dália, boca de leão, amor perfeito, Lírio, Palas, Violeta, Hortênsia, Gazânia, Narciso, Antúrio, Papoula, Onze-horas, Gérbera, Margarida, Lisianto, Orquídea, Íris, Petúnia, Alamanda, Copo de leite, Petúnia, Capuchinha, Chuva de Ouro, Príncipe Negro, Pessegueiro de Jardim, Gladíolo, uma infinidade. Essas que lembrei, há muito mais.

Na minha infância desenvolvi uma das minhas características de assinatura, apreciação da beleza. Vivia num mundo que, do micro ao macro, tudo era observado, destacado e contemplado.

Durante 10 anos fui privilegiada com a sua convivência, sabedoria e reverência a natureza, ele enriqueceu a minha vida.

Cunhadas

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A primeira casou com o meu irmão e  foi uma segunda mãe, era namorada do meu irmão quando minha mãe engravidou.

Fui sua aia de casamento com 3 anos, sempre cuidou que roupa eu vestia, se tinha calças ou meias limpas e me acompanhava na escola, onde estudava o curso normal. Somos muito amigas, companheiras de uma vida, apesar do meu irmão já ter se despedido de nós em 2006.

A segunda casei com o irmão dela, somos amigas, temos altos papos, ela sempre me surpreende com o seu dom artístico, me presenteia com eles, artesanato ou fotografia. Pega trechos dos meus poemas e inclui nas sua fotos lindas, que é a imagem do post de hoje.

Quem disse que se começa com a primeira sílaba não pode dar certo?!

No meu caso sou abençoada com a Nica e com a Marisol.