Castelo de Cristal

De repente alguma coisa quebrou dentro dela, não sabia explicar, apenas não tinha mais aquela alegria de antes, ficou com medo da vida e de viver.

Estava presa no castelo de cristal, que se tornara a sua frágil mente. Dali ela observava o mundo, com receio de que o cristal se rompesse e o mundo lhe machucasse.

Os amigos estranharam o seu desaparecimento do convívio social. Cada um tinha a sua vida para cuidar, assim seguiram em frente. Por vezes alguém telefonava. Sem saber o que falar, apenas dizia que estava bem. Ela se afastava do mundo e o mundo se afastava dela.

Seus pânicos haviam tomado conta de tudo e ela não sabia como sair daquela redoma e retomar o caminho de volta à sanidade.

A vida se tornara devastadora na imensidão das dificuldades que sentia para resolver qualquer coisa, a roupa por lavar, as compras por fazer, retornar as ligações, responder os e-mails, dormir. Alternava entre insônia e só querer dormir. Dormir era bom, um momento de fuga na dor, as vezes queria adormecer até se sentir curada.

Já tinha pedido uma sonoterapia para a médica, ela respondera que os problemas ainda estariam lá quando acordasse. Tudo o que tinha que resolver estava dentro dela e não fora.

As paredes de cristal impediam que seus gritos interiores fossem ouvidos, só ela os escutava. Doíam tanto…

Tentava se socorrer em orações, as repetia o dia inteiro, para aplacar o buraco no peito que tanto doía.

Se sentia sozinha lutando contra o dragão da depressão, pensava assim, era dragada para um buraco negro, para um poço sem fim, todos os dias.

Sem alternativa e no desespero procurou a única saída saudável que via, ligou para o CVV, era sua última tentativa.

Foi abraçada por um estranho, do outro lado da linha, sem julgamentos, poderia falar sobre suas dores, sem nenhuma vergonha, a voz apenas lhe confortava.

Dentro de si sabia que teria que achar forças para procurar um tratamento, um psicólogo, um psiquiatra para medicá-la.

O Castelo iria ruir, rachar e, assim como ele, ela se faria em pedaços, iria sucumbir.

Há duas possibilidades de terminar esta história, sucumbir ou lutar, eu lutei há mais de 10 anos atrás.

O meu texto fala da fragilidade de uma pessoa deprimida. Aqui finalizo este texto, já me senti assim, é desesperador, passou, tive ajuda psicológica e médicos competentes.

A depressão é uma doença muito séria e tem que ser tratada com medicamentos, porque é uma falha química do cérebro que pode ser sanada. As pessoas podem ser curadas, se tiverem ajuda de quem as cerca.

Não ignore um pedido de ajuda, um olhar de desespero, você pode ser a única saída que essa pessoa encontrará.

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Separação, precisamos conversar sobre isso

Eta fase difícil essa da separação, não tem como sair inteira, mas a gente tem que aprender a se reconstruir, é mais do que necessário, e passa, como tudo, passa.

Mesmo quando a separação é uma decisão nossa, não tem como não se magoar.

A separação dói muito, porque você vê indo embora todo um futuro de vida que foi planejado por anos. Porque temos que largar no meio do caminho um amor que não é mais nosso.

É hora de repensar quem você será daqui pra frente e o que vai fazer com toda uma vida que não existe mais, que foi tão planejada, mas acabou.

Não se preocupe, você vai dar conta, dói, mas superamos ,eu tenho certeza, eu dei você vai dar o seu melhor jeito.

Desculpem aos homens que me lêm, mas aqui eu tenho que falar com mulher, então eu vou falar com os artigos femininos. É a minha experiência de vida.

Aqui só vou falar sobre você, porque filhos é um outro capítulo, muito importante, então vai só um aviso, a separação é só do casal, filho continuará sendo filho, não precisa ser magoado mais do que ver os pais em crise.

Depois de tudo superado você vai sair poderosa dessa experiência, porque ela nos da força, ela nos quebra, mas depois ela não nos reconstrói e ficamos mais forte diante da vida.

E um dia, sem mais nem menos, nós voltamos a amar.

Fibromialgia

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Ao ver a notícia que Lady Gaga cancelou sua vinda ao Brasil por causa da fibromialgia resolvi escrever sobre isso.

Há uns 15 anos eu experimentei uma sensação terrível, eu tinha dores agudas pelo corpo e caminhar era muito difícil, subir escadas quase impossível, as minhas pernas doíam de uma maneira absurda. Fui a médicos o diagnóstico foi de fibromialgia, confesso que foi um misto de terror e pânico, porque eu sabia que as pessoas que tinham essa síndrome praticamente eram escravas da dor.

Conviver com a dor é uma das coisas mais difíceis, quando ela se torna persistente e contínua ela mina a sua resistência, a sua paciência e o mundo se torna sem cor ou marrom. Nada tem graça você só pensa no momento em que tudo vai passar, só deseja que a dor vá embora. Toda a sua vida fica muito limitada, foi que aconteceu comigo.

O tratamento para fibromialgia é feito com anti inflamatórios, relaxante muscular e com analgésicos, o uso prolongado desse tipo de medicação causa muitos outros problemas para o corpo, você se torna uma refém da medicação e das reações adversas que ela causa.

Iniciei o tratamento convencional, os anti inflamatórios atacavam o estômago e o relaxante muscular me deixava fora do ar e do mundo o dia inteiro, eu não aguentava nem ficar em pé de tanto remédio, então desisti.

A minha médica na época sugeriu um tratamento completamente alternativo, a homeopatia e acupuntura e assim foi feito.

Eu fiz acupuntura por dois meses todos os dias e o tratamento com homeopatia por seis meses, posso dizer com tranquilidade, até hoje não tive mais nenhuma crise aguda como aquela de 15 anos atrás. As vezes surgem pequenas dores, que logo desaparecem, mas nada comparado como uma crise de fibromialgia.

A fibromialgia te incapacita. Desejo que as pessoas que hoje sofrem dessa doença possam um dia viver livre dela.

Mulher maravilha, #sqn…

foto codigo messenger

Mais um dia com febre, dor de garganta, são muitos no decorrer da minha vida, mas sabe o que mais?! Não dou bola, rsrsrsrs, mas a dor no corpo e o mal estar é dose. Não dá para fingir que se pode fazer tudo, não mesmo, deixa pra lá a síndrome de mulher maravilha.

Sempre encarei as  minhas doenças apenas como um degrau a mais para subir, é assim desde criança. Esse anos os médicos me reviraram do avesso, foi quase uma viagem ao centro do meu corpo, melhor dizendo, interior dele. Nenhum foco infeccioso escondido, apenas baixa imunidade mesmo. Então qualquer vírus ou bactéria tenha certeza, eu pego!

Então, estava aqui pensando sobre o que escrever, pessoal foi o que deu para fazer hoje, espero amanhã estar melhor para continuarmos o nosso encontro aqui na Pós50.

Um ótimo dia!