Ouço a surdez da vida
Vejo a cegueira da estupidez
Cheiro as nuances exaladas da ausência
Percebo os instinos soltos no vagar
Tateio o espectro do nada
Saboreio o porvir do insensível
Do nada vim
Ao nada voltarei
Sou passagem
Aconteço hoje
Amanhã não sei se serei ou estarei
Você não me cabe
Eu princípio e fim
Não me encaixo
Me precipito…
(poema de Adrianafetter)