Mais uma vez em São Paulo, agora para o lançamento do livro que coordeno junto com a Angela Passadori.
Marco almoço com uma amiga e, atravessando a cidade, da Angélica para Moema, vou observando a paisagem cinza, por vezes colorida pelos grafites.
Toda vez me surpreendo com a quantidade de viadutos desta selva de pedras.
O carro diminuiu a velocidade, pelo trânsito intenso, para embaixo de um dos viadutos e me deparo com o inusitado do momento. Ali, em meio a um barraco plástico e pedaços de ripas, está uma menina bailando, no seu mundo de sonhos, alheia àquela realidade.
A cena me emociona profundamente, a situação nua e crua contrasta com a beleza do momento. Que vontade de tirar uma foto, porém achei invasivo, interferir naquele cenário idílico.
Me despedi, quando o carro finalmente andou, fitando aqueles bracinhos que bailavam no ar, alegremente.
O passado reverbera em mim, com uma voz constante e potente, no silêncio do meu ser.
Ressoa em mim os ecos de um lugar onde fui feliz e não sabia…
A imagem que me vem: sino tocando no vazio, com vibrações se espalhando em círculos concêntricos…
Ou talvez o rufar de um tambor, em uma caverna escura, meu eu se apropria do ressoar.
Reverbera nos ossos, no ritmo do sangue, no modo como fecho a janela ao entardecer.
Irradia em frequências mais baixas, até se tornar um zumbido de fundo, que acompanha todos os outros sons da vida.
E eu já não tento calá-lo. Aprendi a escutá-lo como se ouve o mar dentro de uma concha: com respeito, com medo, com a certeza de que essa voz — embora antiga — ainda tem o poder de marear.
Na sala de espera da clínica oftalmológica, o ar condicionado soprava um frio artificial sobre um silêncio pontuado por reviras de páginas de revista e olhares perdidos no celular. De repente, como um pássaro colorido pousado num fio de energia, uma voz rompeu a monotonia:
— “Olha só que homão! Que músculos! Um bonitão daqueles!”
Era uma senhorinha de cabelos brancos como neve de montanha, sentada numa cadeira de rodas, o corpo frágil vestido de roupa hospitalar. Na cabeça, uma touquinha branca de sala de cirurgia; abaixo do olho esquerdo, um adesivo vermelho como um botão de alerta. Provavelmente aguardando ou retornando de uma cirurgia de catarata.
Seu riso — um riso frouxo, solto, descompromissado com as convenções — ecoava pelo ambiente. Os olhos azul-claros, talvez embaçados pela idade ou pela doença, brilhavam com uma luz própria.
— “Parece galã de novela! Eita, deixa eu pegar um pedacinho!”
Ao seu lado, um homem de meia-idade — o filho — mantinha a cabeça baixa, as mãos entrelaçadas com nos joelhos. Seu constrangimento era quase palpável, um calor que contrastava com o ar refrigerado.
Ela não falava apenas — declamava. Seu olhar percorria a sala, conectando-se com cada pessoa como se fosse uma convidada especial em sua festa particular. E as pessoas correspondiam com sorrisos tímidos, alguns abafados, outros abertos e compreensivos. Uma senhora mais idosa assentiu com cumplicidade, como se dissesse: “Eu entendo, amiga. Eu entendo.”
Havia nela uma verdade desarmada que só a idade extrema ou a demência incipiente permitem. As amarras sociais que nos constrangem, que nos ensinam a baixar a voz e conter os desejos, haviam se soltado como fios desatados.
E enquanto observava aquela cena, veio a reflexão: O tempo é um ladrão seletivo. Rouba memórias recentes, apaga nomes, embaralha datas. Mas talvez devolva, em troca, uma essência — aquela criança interior que nunca se preocupou com o que os outros pensariam.
O filho, em seu constrangimento amoroso, talvez não percebesse ainda que estava testemunhando a versão mais pura de sua mãe: não a senhora que o criou com regras e censuras, mas a menina que um dia foi, antes de aprender que não se deve apontar e admirar um “homão” em voz alta numa sala de espera.
A demência chegara como um crepúsculo dourado, onde contornos se suavizam e cores se intensificam. Restava a alegria crua, o riso fácil, a capacidade de encontrar beleza num corpo musculoso e de dividir essa descoberta com o mundo — mesmo que esse mundo fosse apenas uma sala de espera de hospital.
Quando a enfermeira veio buscá-la, chamando-a pelo nome com doçura profissional, a velhinha ainda lançou um último olhar cúmplice para as outras pessoas na sala, como se partilhasse um segredo delicioso.
E naquele instante, todos — inclusive o filho, que finalmente ergueu a cabeça e soltou um sorriso resignado — entenderam que, às vezes, a demência não é apenas perda. É a última verdade que resta quando todas as mentiras sociais se vão.
Às vezes volto a ser criança sem aviso. Um cheiro de terra molhada depois da chuva — tão raro em Brasília na seca — e estou de volta ao quintal da infância. Vejo meus pés pequenos sobre a terra fofa, colhendo morangos vermelhos que manchavam os dedos de doce. Meu pai partia romãs, encontradas no mato, com as mãos, e nós comíamos de colher, semente por semente, como se cada uma contivesse um segredo.
Essa criança ainda vive em mim. Ela carrega não só a alegria dos sabores, mas também as dores, que eu pensava ter deixado para trás. Ao reconstruir minha trajetória até Brasília, entendi que não se trata de escolher entre preservar apenas o alegre ou apagar o triste — mas de abraçar a criança interior completa que fui, com suas romãs, seus morangos e suas feridas.
Cada curva no caminho para Brasília foi temperada por esses sabores antigos. A mesma mão que colhia pêssegos no pomar de casa, agora digita em teclados modernos — mas a amêndoa dentro do caroço ainda sabe a promessa.
Brasília não apagou meus sabores — apenas lhes deu novo palco. Aqui, no cerrado, minha criança interior finalmente compreende: a vida não é sobre apagar o passado, mas sobre enxertar memórias em novos troncos.
quero teu corpo poder alucinar estrangular tua cintura em minhas pernas desejo o teu desejo o roçar minha tua boca teus mamilos meus escavar a raiz do teu desejo – porque tenho fome – quero o teu sentir tudo, todo tato, hálito, cheiro desfrutar aos poucos aos muitos quero carinho selvagem, carícia pegar teus cabelos morder tua boca te engolir por inteiro dentro de mim te quero agora urgente
Voltei a escutar o que dedilhou na escuridão: cada nota, um fósforo aceso no escuro do meu não-lugar. Sinto a falta do seu tudo: o prometido que virou brisa, o entendido que desmanchou no tear do tempo. Admito: acordo em seus versos sem nunca ter dormido. Sou vigia da sua vigília, sombra do seu “jamais dormir”. Na transgressão do encontro (que não houve, mas houve), bebo seu “merecido realizar” como quem sorve o oceano por uma fenda na areia. Saudade? Não a nomeio mais. Deixo que ela me nomeie: o nó que aperta o peito, fruta verde do seu verso. Espero como você espera: o tempo que há de vir vestido de alvorada fria. E enquanto a noite dura, abraço seu reconforto como a asa quebrada de um pássaro noturno. Porque sei: a falta que você canta é o único abrigo onde meu silêncio, enfim, se reconhece casa.
O primeiro tapa aconteceu enquanto ela dirigia, numa discussão sem importância, o marido não tinha mais argumentos, virou e bateu na sua mão.
Foi um susto, chegou por segundos a perder a direção do carro, mas retomou rapidamente. Não entendeu o que tinha acontecido, ficou sem palavras até chegar em casa, o rosto permanecia vermelho, como se tivesse levado uma bofetada. Restou um zumbido agudo no ouvido direito.
O casamento já vinha desgastado com frequentes discussões, ela tentava permanecer nele. Havia sido criada sabendo que casamento era para sempre.
Sua mãe repetira até morrer: “Mulher de verdade engole seco e sorri.” Não sabia mais o que fazer, agora aquele tapa.
Sentou no banco da cozinha, observando a mão direita: o lugar onde ele batera latejava; o anel de ouro apertava como cilada.
Lembrou-se de quando ele o colocara, 12 anos atrás. “Para sempre”, ele dissera. Agora, “para sempre” cheirava a medo.
Foi então que o corpo decidiu por ela.
Levantou-se, foi ao banheiro, e vomitou.
Não foi a raiva — foi o nojo retrospectivo de todos os desrespeitos que normalizara.
Quando ele veio para o quarto, tarde da noite, já cheirando a whisky, ela estava sentada na cama, com a mala aberta.
“Onde você pensa que vai?” ele riu, a voz grossa de álcool e soberba.
Ela não ergueu os olhos. Concentrou-se na textura áspera da alça da mala.
“Você me deixou com raiva no carro”, ele justificou, como se falasse de um cachorro que puxara a coleira. “Você me empurra pro limite.”
Foi quando ela viu: não era o primeiro tapa.
Era o último soco num caixão que ela própria cavara, dia após dia, ao dizer “ele muda”.
De pé agora, frente a frente com o rosto familiar, ela disse só:
“Tira suas coisas até amanhã.”
A frase saiu calma, clara, cortante como vidro.
Ele empalideceu. Tentou o velho truque: “Sem mim, você não é nada.”
Mas ela já corria o fecho da mala.
O estalo no carro partira algo irreparável dentro dela — o nó que a prendia.
Na manhã seguinte, ela ficou sentada à janela, silenciosamente equilibrada. Suspirou…
Sua mão direita ainda doía.
Mas pela primeira vez em anos,
o anel não apertava.
Talvez eu vá ao parque caminhar hoje. Talvez as palavras me visitem e eu escreva. Auxiliadora me chamou pro cinema – talvez eu aceite.
Talvez eu viaje para o interior de Minas, engolir montanhas com os olhos, sentir o cheiro de terra e café coado… (sempre quis).
Talvez eu pule de paraquedas – aquele sonho antigo de cair para o céu. Talvez comece natação segunda. Talvez experimente aquele doce de geleia de araçá.
Talvez assista à série famosa quando sobrar um buraco no tempo. Talvez aquele homem lindo me veja através da névoa dos seus fones.
Ou talvez não. Talvez fique em casa. Talvez chova.
E assim, de talvez em talvez, a vida escorre entre os dedos como areia.
Talvez você nunca faça o que te incendeia por dentro. Talvez vire espectadora da própria existência.
Todas as manhãs, antes mesmo do sol raiar sobre Pirenópolis, ela moía grãos ao som do farfalhar das pétalas vermelhas ao vento. Era ali, sob aquele teto vivo, que seu dia começava.
“Café e buganvília têm a mesma alma”, dizia sua mãe. “Ambos florescem onde há raiz forte… e calor humano.”
E Graça regava ambas as raízes. Enquanto a água fervia, seus pensamentos iam para Marina, a filha distante em terras lusitanas.
Depois, para os rostos que povoaram o “Caramanchão Vermelho” por dez anos: o velho Ernesto, que lia jornal sob uma chuva de pétalas, a estudante Juliana, cujas lágrimas caíam sobre o capuccino, manchando a espuma de rosa, os namorados que se beijavam, entre galhos floridos, tanta gente…
No curso de barista, anotou: “Temperatura ideal: 92°C.” Mas seu coração gravou: “Xícara quente + flor vermelha = cura para solidão.”
No Caramanchão, ela não servia café — ministrava ouvidoria. — “Seu espresso, S. Ernesto. E a roseira do senhor, floresceu?” — “Capuccino com canela, Juliana. Hoje a nota vem!” As buganvílias testemunhavam segredos sussurrados, entre o tilintar de xícaras.
Até que a pandemia veio. E o mundo parou.
Na primeira manhã de portas fechadas, Graça preparou um café só para si. Sentou, olhou para cima: as buganvílias, ainda vermelhas, agora sem plateia. Foi então que percebeu: O vapor subia igual, mas o silêncio doía mais que saudade. Eram as flores que choravam agora.
Fechou o café, mas não o ritual. Todas as manhãs, moía grãos para a xícara azul-cobalto. E, enquanto vaporizava o leite, fotografava a espuma branca contra o pano de fundo das buganvílias pela janela.
Enviava para Marina: “Pensando em ti — sob véu vermelho.”
A resposta vinha rápido: “As flores da vovó ainda resistem! Saudades do teu café, mãe.”
Foi numa dessas madrugadas, com o cheiro doce das flores noturnas invadindo a cozinha, que a palavra a atingiu: ACOLHER.
Parou. Olhou para o caramanchão iluminado pela lua — as flores vermelhas agora pareciam braços abertos. Lembrou: — Da estudante Juliana, que voltara com o diploma amarrado por uma fita vermelha; — Do velho Ernesto, enterrado com uma flor de buganvília no paletó; — Do cheiro da infância de Marina, sempre a brincar naquela chão de pétalas e teto florido.
Todas as vezes, não fora só a dona de um café. Fora jardineira de almas.
Anos depois, Marina voltou. Encontrou Graça no alvorecer, colhendo buganvílias com uma mão e o café na outra.
— “Precisa de ajuda, mãe?” Graça sorriu, estendendo-lhe um ramo vermelho: — “Só se me disseres como Lisboa cheira pela manhã.”
Sentaram-se onde antes havia mesas, agora só grama e flores. Graça lhe serviu a xícara azul-cobalto. Marina ergueu o celular: ‘Click.’
— “Pra quem é?” perguntou Graça. — “Pra minha filha. Amanhã. Com a legenda: ‘Vovó Graça diz que café e buganvília têm a mesma alma’.”
Foi quando Graça entendeu: O caramanchão físico poderia até morrer. Mas o verdadeiro caramanchão era ela mesma — tronco firme, flores vermelhas abertas, sempre pronta a dar sombra e beleza a quem precise de um lar passageiro.
Que vontade de te ver Cair nos teus braços Aplacar minha vontade na tua Esperando nossa sede se esgotar Relembrar cada hora … Novamente Ver, ouvir, cheirar, sentir Falar, calar, acariciar… Tantos são os verbos a fazer Explosão química, física… Do envolvimento de nossos corpos Matar minha saudade em ti Acolher teu corpo em mim Que vontade de te ter!
você, sempre você … mas não se preocupe sei quais territórios não me pertencem, sei a hora e o lugar, talvez não saiba o como, ou o quando, porque o gosto de quero mais sempre tenho, mas devaneios são possíveis! por alguns segundos as pernas bambeiam dá uma louca vontade: apertar tua lembrança internada em mim, atrevida, irreverente, fugaz, tanto faz… só não quero deslembrar que por você, sempre você … transigi!
Sobre suas mãos, o café fumega como prece matinal. No véu de vapor, Brasília desabrocha: ipês roxos beijam o alvorecer, o concreto vira poesia, e o mundo — inteiro, infinito — cabe no círculo sagrado dessa xícara, desse instante, desse seu olhar que nunca para de nascer.
Mulher-raiz-asas, não escolhe entre chão e céu — habita ambos. Seu manifesto não cabe em papel: escrito está no riso que ensina, no abraço que cura, no café que sagra o amanhecer. (e o mundo, agradecido, floresce).
Às vezes verbal Por outras quietude Vez em quando revela Ocasionalmente recolhe Se preciso fibra Tempos em tempos vulnerabilidade Eventualmente voluptuosa Por vezes sedutora Esporadicamente suave De quando em quando tempestade Vez ou outra liberta De tempos a tempos cativa Momentaneamente equidade Instantemente contraste Sempre necessária.
Belíssimo texto de Miguel Sousa Tavares, Não te deixarei morrer, David Crockett.
E escrevi o teu nome e o teu número de telefone numa página da agenda do mês de Fevereiro. E, ao escrevê-lo, sabia que era uma despedida, mas todo o mês de Março nos arrastávamos na despedida, como caranguejos na maré vazia.
Sem ti, lancei outras raízes, contruí pátios e terraços, fontes cujo som deveria apagar todos os silêncios, plantei um pomar com cheiro a damasco, mandei fazer um banco de cal à roda de uma árvore para olhar as estrelas no céu, um caminho no meio do olival por onde o luar pousaria à noite, abóbadas de tijolo imaginadas pelo mais sábio dos arquitectos e até teias de aranha suspensas no tecto, como se vigiassem a passagem do tempo.
Nada disso tu viste, nada te contei, nada é teu. Sozinhos, eu e a aranha pendurada na sua teia, contemplávamo-nos longamente, como quem se descobre, como quem se recolhe, como quem se esconde. Foi assim que vi desfilar os anos, as paredes escurecendo, um pó de tijolo pousando entre as páginas dos mesmos livros que fui lendo, repetidamente. Heathcliff e Catarina Linton destroçados outra vez pela minúcia do tempo.
Como explicar-te como tudo isto se tornou alheio, como tudo te parecia agora estranho, como nada do que foi teu vigia o teu hipotético regresso? Ulisses não voltará a Ítaca e Penélope alguma desfará de noite a teia que te teceste.
E arranquei a página da agenda com o teu nome e o teu número de telefone. Veio a seguir Abril e depois o Verão. Vi nascer a flor da tremocilha e das bungvílias adormecidas, vi rebentar o azul dos jacarandás em Junho, vi noites de lua cheia em que todos os animais nocturnos se chamavam rãs, corujas e grilos, e um espesso calor sobre a devassidão da cidade. E já nada disto, juro, era teu.
E foi assim que descobri que todas as coisas continuam para sempre, como um rio que corre ininterruptamente para o mar, por mais que façam para o deter.
Sabes, quem não acredita em Deus, acredita nestas coisas, que tem como evidentes. Acredita na eternidade das pedras e não na dos sentimentos; acredita na integridade da água, do vento, das estrelas.
Eu acredito na continuidade das coisas que amamos, acredito que para sempre ouviremos o som da água no rio onde tantas vezes mergulhávamos a cara, para sempre seremos a brisa que entra e passeia pela casa, para sempre deslizaremos através do silêncio das noites quietas em que tantas vezes olhámos o céu e interrogávamos o seu sentido.
Nisto eu acredito: na veemência destas coisas sem principio nem fim, na verdade dos sentimentos nunca traídos.
E a tua voz ouço-a agora, vinda de longe, como o som do mar imaginado dentro de um búzio. Vejo-te através da espuma quebrada na areia das praias, num mar de Setembro, com cheiro a algas e a iodo.
E de novo acredito que nada do que é importante se perde verdadeiramente. Apenas nos iludimos, julgando ser donos das coisas, dos instantes e dos outros.
Comigo caminham todos os mortos que amei, todo os amigos que se afastaram, todos os dias felizes que se apagaram. Não perdi nada, apenas a ilusão de que tudo podia ser meu para sempre.
Lá eu no meio do campo, minha vaca no pasto, já tinha deitado e desistido do parto, cansada, sua bezerra era grande demais para ela.
Esse foi o dia que eu resolvi fazer um parto, numa vaca, porque era isso ou a morte dela e da bezerra, não queria desistir de nenhuma delas.
Nunca tinha feito parto, só achei que podia e iria conseguir.
Talvez você não conheça o seu potencial e sequer outras pessoas saibam daquilo que você é capaz, mas entenda, muitas, inúmeras vezes, você é, até mais.
Se eu não tivesse acudido aquela vaca, ela não estaria neste mundo.
Meus filhos buscaram a pilha de panos de chão, que eu comprei num sinal. Parto é escorregadio.
A terneira, ou bezerrinha estava virada, ía nascer pelas patas traseiras. Medo, era um pouco mais difícil, mas não impossível.
Vocês já assistiram à um parto? Eu já, mas humano, agradeci por isso, usei algumas manobras que eu havia visto. Então, sem maiores detalhes…
A Aparecida, chegou, num dia 12 de outubro.
“Prazer, Cida para a humana Adriana, minha íntima, que me salvou.”
Leo Buscaglia foi uma referência importante na minha vida. Um professor de origem italiana, lecionava na Universidade do Sul da Califórnia, o curso: Amor .
Ele falava sobre cotidiano, simplicidade, profundamente.
Dos seus inúmeros livros os que mais me marcaram: Vivendo, Amando e Aprendendo e Amor.
Faça suas reflexões para o novo ano. O que quer que aconteça?
Verifique o que é realmente importante e relevante para a sua vida e faça disso o maior sonho a maior conquista. Isso vale para os pedidos de desculpas que não fez, aquela declaração que não disse, aquela visita que você vive adiando.
Trate de avivar a sua vida. Se quiser dançar, dance. Cante! Vá ao cinema quando desejar, coma aquele doce que você tanto gosta, faça pipoca pra ver TV, não fique adiando planos, mesmo que sejam simples.
Sabendo que, um momento pode mudar tudo, o que estamos fazendo em nossos instantes?!
Perdemos a nossa verdadeira expressão, a verdadeira exteriorização de nós mesmos, vivemos para agradar aos outros, infelizes.
Se pergunte e responda, onde quero chegar, com quem quero ir, só você pode ser só você, qual caminho irá trilhar, seja honesta, porque só você terá as respostas.
Na vida o melhor é ser o mais honesto possível, inclusive consigo mesmo! Não se foge de problemas, no máximo se adia.
Monitore sempre os seus sentimentos e os seus problemas, para que não se agigantem e para não se afundar com eles, para não atrapalharem a navegação.
Para a vida o diálogo, o respeito e o amor são uma boa fórmula, um bom caminho.
A vida tem suas estações, tudo ao seu tempo, mudamos para evoluir, assim como na natureza.
O tempo não para, não pare no tempo. Não perca a capacidade de sonhar e continue colorindo a tela em branco que é a vida.
Transformar a dor em arte é o meu lema!
Escrevo poesias e prosas para expressar sobre a vida com mais beleza, leveza e fé.
Vêm comigo passear no mundo criativo♡
Transformar a dor em arte é o meu lema!
Escrevo poesias e prosas para expressar sobre a vida com mais beleza, leveza e fé.
Vêm comigo passear no mundo criativo♡