Bullying

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Eu e o meu marido somos muito amigos, amigos de verdade, daqueles que conversam e seguram a onda um do outro, companheiros de vida.

Conversando, sobre um monte de coisas, ele me perguntou sobre a minha infância e eu respondi: era uma criança triste, solitária, é assim que lembro de mim.

Recordo que eu passava horas e horas no jardim, colhendo plantinhas, fazendo comidinha, sozinha ou na frente da televisão.

Quando não estava no jardim eu estava na casa da minha vó, na do meu irmão e cunhada, ou na escola.

Comecei ir à escola muito cedo, eu tinha três anos de idade e gostava, sempre gostei.

Ainda mantemos contato com os nossos colegas de colégio, temos um grupo. Um colega, esse ano me falou que eu era muito brava, que a minha cara estava sempre fechada. Fui olhar as minhas fotos da escola, é verdade, mas eu não era brava, aquilo era defesa, eu vivia no meu caracol.

Eu tive alguns problemas de relacionamento na escola, mas a minha verdadeira realidade de bullying era em casa, na minha família infantil.

Eu era diferente, gordinha, cabelo preto, olhos, castanhos e muito quieta. Na minha casa, acabava sofrendo agressões de pessoas muito próximas, com a mesma idade ou um pouco mais velho. Chorava, mas não dedurava, pensava em como superar, ainda tenho marcas no corpo de algumas agressões.

A escola era um refresco. Lembro de muitas brincadeiras, de cantiga de roda, elástico, pula-pula, queimada.

Não que eu fosse completamente adaptada, gordinha, eu não era simpática, fechada, eu era considerada nerd, porém minhas lembranças são boas.

Os maiores problemas de relacionamento e rejeição vieram na pré adolescência, onde eu virei um bicho meio desengonçado, epilética, tinha convulsões dentro de sala ou no corredor da escola. Fala sério, chama a atenção de uma maneira super desagradável.

Ao mesmo tempo que colegas me restringiram, outros me abraçaram, principalmente duas grandes amigas, que guardo no meu coração com muito amor.

Lembrei de um colega que um dia chegou pra mim e me disse: não vou te convidar mais para as minhas festinhas, afinal de contas ninguém te tira pra dançar. O irreal disso tudo é que eu gostava das festinhas, mesmo não dançando, eu estava com amigos e colegas, mas ele preferiu me afastar.

Creio que a minha tristeza se tornou mais intensa porque eu perdi meu pai muito cedo, com 10 anos, e a minha pré adolescência ficou mais difícil, ele era uma fonte de carinho.

Entretanto, o que eu quero falar sobre bullying, é que o nosso maior suporte vem de dentro, do interior, dos valores que os que nos amam nos transmitem. A gente busca apoio nas pessoas próximas e amigas, sejam da família ou não, esteio naquilo tudo que se vive de bom.

Eu lia muito e via muita TV, eram um refúgio e proporcionavam muitas viagens. Até hoje eu lembro de Pollyanna e Pollyanna Moça. Por mais que esses livros sejam hoje considerados excêntricos, démodé, naquela época eles me ajudaram a procurar e encontrar o lado bom da vida.

Resolvi escrever sobre isso, bullying, pelo que está acontecendo no mundo, tem muitas pessoas criticando, apontando dedo, fazendo das palavras uma arma, principalmente nas redes sociais.

Não façam isso, repensem antes de agredir, revejam a suas posturas e palavras. Eu sempre digo que quando nós apontamos o dedo pra alguém, existem três dedos apontados para nós.

Se o silêncio é de ouro, escutar os outros é de platina! Dediquem tempo para ouvir quem vocês amam. Ouvir é necessário, crianças precisam de atenção, muito mais que presentes.

A vida está precisando de palavras doces, mais afagos, abraços, compreensão e, principalmente, de mais amigos, porque amigos nos salvam, muitas vezes.

Pode-se falar qualquer coisa, dizer coisas duras, colocar limites, mas o importante é saber como dizer, saber como fazer a crítica construtiva, porque destruir é muito fácil, machucar, magoar é o que mais acontece.

Construir amizades, acrescentar pessoas as nossas vidas é um exercício diário de amor.

E, se tem uma coisa que esse mundo está precisando, é desse ensinamento, amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei.

Ahhh, só para completar, sou uma pessoa feliz, encontrei muitas pessoas que me amaram e me amam pela vida, a quem amo eternamente.

Mês de aniversário do meu pai – feliz aniversário pai, a você o meu eterno amor!

Encontro e respeito

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Escrevi um texto sobre bullying, publico amanhã,  e aconteceu uma enorme coincidência, por acaso a televisão ligada ao aleatoriamente, acabou no programa Encontro, da Fátima Bernardes, e lá estavam duas pessoas que admiro muito, o Padre Fabio de Melo e o filósofo Leandro Karnal, falando sobre a aceitação das diferenças.

Nunca vejo a Globo gente! Prefiro outros canais, mas foi especial.  Marieta Severo ali também, para falar de um novo papel, na novela onde será mãe de uma filha portadora de nanismo, papel de Juliana Caldas, presente ao programa para dar o seu depoimento de experiência de vida.

Fernanda Takai, cantando uma de minhas músicas prediletas, triste, mas linda, I Don’t Want To Talk About It, por sinal, interpretação lindíssima! Um afago…

Que bom que o universo me proporcionou essa linda coincidência.

Num segundo momento do programa, o Padre Fabio de Melo e o filósofo Leandro Karnal, o primeiro cristão e o segundo ateu, trocaram idéias sobre respeito, aceitação e ética, tudo o que estamos precisando atualmente, a partir do livro: “Crer ou não Crer: Uma conversa sem rodeios entre um historiador ateu e um padre católico”, escrito por ambos. Vou comprar e ler, respeito é pouco o que sinto por esses dois caras.

Conviver com a diferença e a diversidade é o que temos de aprender todos os dias com amor, respeito, ética e dignidade!

Só posso agradecer aos céus pela oportunidade de assistir!

Para quem quiser acompanhar a letra da música aqui tem a tradução:

 I Don’t Want To Talk About It

Eu Não Quero Conversar Sobre Isso

Eu posso dizer pelos seus olhos
Que você provavelmente esteve sempre chorando
E as estrelas no céu não significam nada
Para você, elas são um espelho.

Eu não quero conversar sobre isso
Sobre como você partiu meu coração
Se eu ficar aqui apenas um pouquinho mais
Se eu ficar, você não ouvirá meu coração?
Oh, meu coração

Se eu permanecer completamente sozinho
Irão as sombras esconder as cores do meu coração?
Azul para as lágrimas, preta para os medos noturnos
As estrelas no céu não significam nada para você
Elas são um espelho

Eu não quero conversar sobre isso,
O modo como você partiu meu coração.
Mas se eu ficar aqui apenas um pouquinho mais
Se eu ficar aqui, você não ouvirá meu coração?
Oh, meu coração

Heliópolis, viva #EMEF !

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Sempre penso o quanto é difícil falar de coisas boas.

Vi uma matéria sobre uma escola em Heliópolis, em que os professores estão revolucionando o ensino com as crianças. Me emocionou profundamente, chorei!

É a Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Campos Salles, em Heliópolis.

As crianças amam ir à escola e querem aprender mais e mais, com muito envolvimento da comunidade.

Muitas delas querem ser professores para repassar tudo que estão aprendendo com os seus mestres, que lindo!

Um dos professores da escola, Braz Nogueira, propôs essa revolução educacional, inspirado na escola portuguesa Escola da Ponte.

Lá não existe tédio para aprender, existe muita criatividade e um currículo multidisciplinar.

Também não há paredes, elas foram derrubadas, para priorizar a integração. Mas existe muito ensino e muita aprendizagem!

Esse é um exemplo de uma educação revolucionária que está acontecendo por iniciativa de um docente com o apoio da sua comunidade e muito amor de seus alunos, um exemplo a se conhecer!

Mas que m…

Olha eu tenho procurado falar sobre coisas positivas, até porque eu acho muito melhor falar sobre coisas boas, do que aquelas que nos trazem desgosto, mas tem sido difícil!

Ontem mesmo eu soube de um atentado na Somália matou mais de 300 pessoas, gente que horror!

De dia na Câmara os discursos dos deputados defendendo o indefensável, como se acreditassem na sua própria fala, claro que não estavam recebendo nenhuma emenda por isso…

Aí a noite o Senado aprova a volta do Aécio, que todos nós sabemos que não é um santo, muito longe disso, muito dos votos de colegas que também estão sendo investigados.

Os nossos políticos, que deveriam ser os nossos representantes, estão pouco se lixando para a população brasileira, só querendo mesmo salvaguardar o deles e encher o próprio bolso . Estou indignada!

E aí como se escreve alguma coisa positiva?!

Estou procurando por aí e por aqui minha gente, não desisti!

Um ótimo dia para vocês!

Meus dias difíceis

Scabelos ao vento
Só  há uma coisa na vida que precisamos aprender, e ninguém ensina isso nas escolas. A capacidade de suportar.  Khaled Hosseini (A Cidade do Sol)

 

Eu não gosto de passar nem tristeza, nem melancolia, até porque não é esse o caso, apenas um dia mais difícil, tem dias que ficamos extremamente sensíveis, são momentos de inflexão.

Sempre convivi com doenças, sou há muitos anos epilética, sempre tomei muitos remédios.  Com isso  várias partes do meu corpo no decorrer da minha vida foram se desgastando,  acho que o que mais me afeta, depois dos 50, são as minhas cartilagens, que passaram a inflamar e doer.

Dor vai minando as energias que te sustentam, o otimismo. E quando as dores estão mais agudas e persistentes, haja paciência e meditação para superar.

Minha rotina tem sido de médicos, exames e mais exames, vários tipos de fisioterapia e acupuntura. Tento de tudo para superar os piores dias.

Sou uma mulher positiva, considerada forte por quem me rodeia, e é muito bom lutar para que tudo fique bem e dê certo. Mas, quem não fraqueja?!

Sim, temos o direito de nos entregar vez em quando,  somos humanas, temos que nos dar o dia de ficar quieta conosco e descansar.

A pouco tempo aprendi isso, sempre me sentia culpada por não corresponder ao que esperavam de mim, então fazia das tripas o coração, violentava a mim mesma.

Resultado,  muitas sequelas sendo pagas agora. Definitivamente os últimos meses não estão sendo fáceis, agora tento superar os reveses.

Eu sei que existem pessoas numa situação muito pior e isso eu sempre levo em consideração, sempre doutrino a minha cabeça pra ser o mais otimista possível, mas tem dias que não adianta, a sensibilidade à flor da pele não ajuda muito nestes momentos.

Graças a Deus tenho uma família que me apóia,  meu marido me acompanha sem cobranças, meus filhos se fazem presentes, nem todos contam com esse apoio.

Sempre que podem eles tentam me distrair, o que realmente ajuda e me faz sentir melhor, bem melhor.

O meu propósito com o blog, a página Pós50 e o grupo de mulheres Conversando o pré e o pós 50, foi  sempre levar uma mensagem de otimismo, ou mostrar algumas coisas no mundo que eu acho que podem ser mudadas, com uma nova postura.

Então, quem quiser me mostrar algum caminho de otimismo, contribuir nesta jornada, estou aqui esperando, sempre para superar os obstáculos que se impõem.

Como diria Gonzaguinha,  “Fé na vida, fé no homem, fé no que virá!”

Ao mestre com carinho o meu parabéns!

Parabéns queridos mestres pelo dia do professor!

Só mesmo muita vocação para explicar uma profissão tão importante e tão pouco valorizada.

Tenho amigos professores e na família tenho vários super dedicados e que eu aplaudo com extremo respeito.

Já fui professora e sei o quanto temos que nos dedicar para transmitir não só conhecimento, muitas vezes valores e carinho que falta a muitas crianças.

Poderia passar o dia inteiro aqui falando de histórias e mais histórias que a vida de professor proporciona.

Hoje quero dedicar este texto a uma professora em especial, Professora Heley de Abreu Silva, só muito amor pode explicar essa mulher!

Fragilizada

Tem dias que é assim, você simplesmente se sente mais frágil, como a criança que um dia fui.

Por que eu estou me sentindo assim?! Desde sábado eu estou mais mexida, cedo bem cedo pela manhã eu tive uma convulsão, depois de muito tempo sem ter nenhuma, a epilepsia mostrou a sua presença mais uma vez.

Foi tanta coisa esse ano, tive a hospitalização pela infecção nos mastóides, a paralisia facial, depois a aposentadoria compulsória, pela demissão, veio então a cirurgia no ombro, e, agora, em plena recuperação da cirurgia, a convulsão. Provavelmente, até o final do ano, vou ter mais uma cirurgia pela frente, de uma vértebra deslocada, então não tenho como não me sentir fragilizada.

Perante toda a força e coragem que eu sempre tive na vida, alguma coisa eu tenho que aprender este ano, pelas limitações que meu corpo tem me imposto. Esse ano tem sido hors concours.

Confesso que estou de saco cheio. Sou super cuidadosa com toda a minha medicação, sempre fui assim, não pulo horário, não deixo de tomar um comprimido sequer, sempre tenho todos os remédios em casa, então me digam por quê?!

Não se preocupem em responder nenhuma das minhas perguntas, é apenas um desabafo, eu sei que tudo vai passar, sou craque na superação, eu tenho apoio da minha família e eu estou bem, mas tem dias que a gente fica de saco cheio, eu estou nesse dia, amanhã já terá passado e eu estarei bem.

Quem me irrita me domina

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O título parafraseia Elizabeth Kenny que diz que aquele que te irrita, te domina e ela tem toda a razão!

O poder que a pessoa exerce em cima de você quando ela te irrita é enorme, porque ela consegue te tirar do eixo, e se ela descobre isso que pode te abalar, ela vai usar sempre essa tática.

O que temos que fazer quando a pessoa nos irrita é desviar disso, não entrar na mesma energia. Literalmente, sair pela tangente.

Dificil né?! Então, primeira dica, respira fundo, tenta se acalmar. Segundo, sorria. A respiração é uma arma poderosa para que o nosso eixo permaneça onde ele deve estar. Imagina aliada a um sorriso?!

Se você souber lidar com a sua irritação você vai conseguir fazer do limão uma limonada e, se possível, faça uma piada. É como se você usasse um espelho para refletir a irritação, se não pegar em você, provavelmente quem vai se irritar é a outra pessoa.

Autocontrole é a palavra chave em situações de irritabilidade. O controle tem que ser seu, nunca do outro.

Dias de luto

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Tem dias que são cinzas, hoje é um dia de profunda tristeza, desses que não consigo pensar em algo para escrever, crianças foram queimadas em uma creche em Minas Gerais, dia de choro, de recolhimento, de deixar as lágrimas correrem.

Podemos apenas orar na quietude, no silêncio, bem baixinho falar com Deus com o nosso coração, pedir compaixão e conforto para as suas famílias, alívio para a dor dos que estão sofrendo.

Duas coisas me chocaram nesse episódio trágico, um site jornalístico oferecendo imagens para as pessoas acompanharem a tragédia e pessoas de má fé pedindo doações para conseguir dinheiro para fins escusos, explorando a sensibilidade e o compadecimento de quem quer ajudar.

Nada vai fazer o tempo voltar, porque era o que eu gostaria de pedir a Deus, nenhuma palavra minha vai ajudar, mas as orações talvez possam fazer mais por essas famílias.

Todas as minhas preces são para às mães e pais, às suas crianças e às professoras e servidores dessa creche. Meu coração está com vocês!

Um igual tão desigual

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Numa das minhas idas para exames e consultas ao hospital Sara Kubitschek resolvemos almoçar no shopping em frente.

Tudo normal, até que uma cena, que eu não via há muitos anos, me chamou a atenção e me chocou. Ao nosso lado tinha algumas bandejas com restos de comida, de pessoas que haviam  deixado ali, um senhor, não era um mendigo, vestia camisa, calça, cinto e carregava uma mochila, começou a engolir os restos avidamente, percebia-se, nitidamente, que estava com muita fome.

O meu coração disparou numa angústia tremenda, essa foi a minha única reação diante da fome, fiquei paralisada, não conseguia nem olhar pra aquela situação com medo de constrangê-lo, foi realmente paralisante.

Me arrependo de não ter oferecido um prato de comida, fiquei fazendo a minha auto-crítica depois.

Eu não vou tentar ser politicamente correta aqui, porque realmente me parecia que ele não queria ser visto, percebido, apenas queria comer em paz, não sei, não sei se era isso, a impressão que dava é que ele não queria ser interrompido.

Com a mesma pressa com que chegou ele se afastou da mesa à procura de outras bandejas com comida.

Estamos acostumados a ver mendigos, pedintes de rua, pessoas que moram na rua, pessoas que pedem no trânsito, essa realidade não nos choca mais como deveria, nos anestesiou, mas é chocante quando você vê um igual, numa cena tão impensável. Desde a década de 90 eu não pensava mais em fome.

Como falei, não quero ser politicamente correta, aqui só quero falar do que senti.

Há anos que a falta de comida e a dificuldade financeira não batia tanto aos olhos. Agora chegou na classe média?!

Cada vez mais noto que precisamos reler e aplicar as palavras de Cristo, afinal Ele sempre nos disse que somos todos irmãos.

Ritmo circadiano, o nosso relógio biológico – Prêmio Nobel de medicina

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Os ritmos circadianos, basicamente falando, é o que o seu corpo faz no período de 24 horas, e esses processos biológicos são influenciados pelas variação de luz, temperatura, marés e ventos entre o dia e a noite.

Porque estou falando do seu relógio biológico?! Porque o estudo disso rendeu a três médicos americanos o prêmio Nobel de Medicina. As descobertas dos 3 explicam como as plantas, os animais e os seres humanos adaptam seu ritmo biológico para que o mesmo se sincronizem com a rotação da Terra.

Não adianta usar relógio, o seu ciclo biológico se adapta mesmo à natureza.

Aí você me pergunta mais uma vez, mas qual é a importância disso?! Minha resposta, o seu ritmo circadiano pode explicar muito de você e da complexa fisiologia dos seres vivos. O descompasso do seu relógio biológico pode se manifestar pela insônia, irritabilidade e dificuldade de concentração, o que aumenta o risco para várias doenças, entre elas o câncer,  a depressão, as doenças inflamatórias e metabólicas.

Além do mais a o desequilíbrio do seu relógio biológico, produz insônia, irritabilidade e dificuldade de concentração e está relacionado com problemas na alimentação, com a dificuldade do nosso metabolismo em lidar com o consumo energético e o armazenamento de gordura.

O nosso sagrado sono e a queima de nossas calorias estão diretamente ligados ao bom funcionamento do nosso ritmo circadiano.

Meseiras

Se vocês não conhecem esse nome não se preocupem, eu até pouco tempo atrás não conhecia também.

Fui convidada por uma amiga para integrar o grupo de meseiras de Brasília, grupo muito grande são 70.000 pessoas, que se dedicam a compartilhar idéias sobre uma boa mesa. Isso me trouxe muitas lembranças.

Aqui em Brasília, pela correria do dia-à-dia, nunca desenvolvi o hábito comum em minha família que era o de colocar uma linda mesa para todas as refeições. Minha mãe tinha todos os talheres, jogos de água e porcelanas que vocês possam imaginar. Toalhas lindas bordadas a mão, de linho importado, muitas delas ou bordada por ela ou pela minha avó.

As mesas postas eram muito bonitas, e as quartas-feiras havia uma refeição formal, na sala de jantar, para que nós, os filhos, fôssemos introduzidos às regras de etiqueta e da boa mesa. Também servia para receber e reunir amigos em família, ou parente que estivesse visitando a nossa casa.

Eu nasci em Pelotas e minha madrinha morava em Porto Alegre, sempre que ela vinha em viagem participava desse almoço e era o momento de festa para mim. Deixa eu explicar, minha madrinha nunca casou, eu era sua queridinha, como ela carinhosamente chamava, na sua casa as mesas eram lindas, para mim um exemplo, colocava, para qualquer refeição, mesas impecáveis. Eram guardanapos de linho bordado, descansa talher, porta guardanapo, porcelana, todos os serviços herdados da minha avó paterna, ou que ela havia adquirido ou feito durante a sua vida, porque ela era uma exímia bordadeira.

Os móveis de jacarandá e as pratarias acompanhavam aquela beleza, sim, porque antigamente uma boa mesa era toda forrada por cristal e prata.

E, as quartas-feiras, na minha casa, também era assim. Talheres dispostos de fora pra dentro, para cinco tipos de pratos a serem servidos. A começar pela sopa depois, a salada, o prato de peixe, o de carne, e, finalmente, as frutas e a sobremesa.

Para cada prato um talher específico. Os copos acompanhavam os pratos, o jogo de águas, o de vinho branco, de vinho tinto, de água. Depois o licor e qualquer outro o que fosse necessário, se houvesse conhaque haveria de conhaque também.

No meio da mesa um bonito arranjo de flores disposto em um prato de prata específico para tal ou numa jarra.

Esses pequenos detalhes vieram de toda uma época onde as pessoas recebiam de presente de casamento porcelana inglesa, jogos de talheres de 24 peças de cada, jogos de água de cristal. Deixa eu explicar, os jogos de águas nada mais é do que todos os tipos de copo que você possa utilizar uma refeição, e todos eles eram de cristal.

essa época não nos acompanha mais, até pela questão econômica. As mulheres se preparavam a vida inteira para o seu casamento e era ensinadas a abordar o seu enxoval, então haviam muitas toalhas de linho bordado, desfiado e richelieu, ponto cheio, sombra, rococó, tantos que vocês bem imaginam. Eu conservo duas toalhas dessas, bordadas pela minha mãe, infelizmente amareladas pelo tempo, mas de uma beleza inigualável.

Esses hábitos não me acompanharam pela correria do dia-a-dia e praticidade que nos impõe. Sempre trabalhei 40 horas, estudava também, havia preocupação com os filhos sobrava pouco tempo para essas decorações.

Desculpem o texto tão longo, muitas recordações. Escrevo todos os dias meu blog, onde reúno assuntos que acompanhei na semana, preocupações, dicas, sobre viagens, receitas, lembranças, ou seja, um verdadeiro almanaque, que publico na minha página do Facebook. Quis compartilhar com vocês a beleza que me encanta até hoje sobre essas recordações e de participar desse grupo que me fez relembrar de cada detalhe.

Separação, precisamos conversar sobre isso

Eta fase difícil essa da separação, não tem como sair inteira, mas a gente tem que aprender a se reconstruir, é mais do que necessário, e passa, como tudo, passa.

Mesmo quando a separação é uma decisão nossa, não tem como não se magoar.

A separação dói muito, porque você vê indo embora todo um futuro de vida que foi planejado por anos. Porque temos que largar no meio do caminho um amor que não é mais nosso.

É hora de repensar quem você será daqui pra frente e o que vai fazer com toda uma vida que não existe mais, que foi tão planejada, mas acabou.

Não se preocupe, você vai dar conta, dói, mas superamos ,eu tenho certeza, eu dei você vai dar o seu melhor jeito.

Desculpem aos homens que me lêm, mas aqui eu tenho que falar com mulher, então eu vou falar com os artigos femininos. É a minha experiência de vida.

Aqui só vou falar sobre você, porque filhos é um outro capítulo, muito importante, então vai só um aviso, a separação é só do casal, filho continuará sendo filho, não precisa ser magoado mais do que ver os pais em crise.

Depois de tudo superado você vai sair poderosa dessa experiência, porque ela nos da força, ela nos quebra, mas depois ela não nos reconstrói e ficamos mais forte diante da vida.

E um dia, sem mais nem menos, nós voltamos a amar.

Esperança – setembro amarelo

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O mês de setembro é o mês de prevenção ao suicídio, é o setembro amarelo.

A depressão é muito triste e mata mais do que nós podemos imaginar.

Pretendo sempre aqui no blog tratar desse assunto, para que as pessoas tenham consciência e possam procurar ajuda, ter a ajuda que necessitam.

Não fique alheio a uma tristeza constante, se ela se estabelecer por muito tempo procure ajuda profissional.

Saiba que você não está sozinho, sempre existe uma mão estendida que pode lhe auxiliar. Se a coisa apertar, procure um Centro de Valorização da Vida (CVV), ou a CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) .

Se cuide, se ajude!

Vou deixar aqui contatos de ajuda:

Telefone do CVV –  141

Facebook do CVV

Chat do CVV

Blog do CVV

Eu carcereira de mim mesma

Em agosto, setembro e outubro de 2017 eu estava me recuperando de uma cirurgia do ombro. Estava em casa, com o braço imobilizado, poderia não ter horários, fazer o que bem quisesse, mas a realidade é que eu não conseguia!

Na minha cabeça sempre existiram regras pré determinadas, hora de tomar café, horário de tomar banho, fazer fisioterapia, sentar para escrever, publicar os textos e, assim, tem sido a minha vida. Eu sou a carcereira de mim mesma, prisioneira das minhas próprias regras.

É tão cansativo lutar dentro de si mesma entre cumprir aquilo que se pré estabeleceu e tentar ser um pouco mais livre, menos rígida. Chega a ser frustrante!

Essa luta interior perdura há anos. Eu queria agora ser um pouco mais relax, não tenho obtido muito sucesso nisso.

Tenho um lado prisioneira e outro carcereira, muito rigorosa, acho que muito mais comigo do que com quem convive com a minha pessoa (teria que perguntar à elas) .

Seria herança do lado da minha família alemã?! Pode ser que sim. Acompanhei a vida da minha avó anos a fio, levantar as 5h, inverno ou verão, para acender a lenha no fogão. Servia o almoço pontualmente às 12h e o jantar as 19h. Também não gosto de atrasos aos compromissos assumidos.

Nessa altura da vida, gostaria de me permitir algumas liberdades nas regras. Transgredir meus horários, fazer um brunch, unindo café e almoço.

Deixar de escrever e publicar não, isso me faz muito bem, é um sopro de renovação, para fazer tenho que ler e isso liga a minha cabeça de um jeito legal.

Gostaria de conseguir soltar minhas amarras, ser menos rígida, em algumas horas até consigo, viajo vendo filmes ou séries de que gosto.

E vocês, quais amarras a vida impôs?!

A dita independência financeira

Parece que, enquanto somos crianças e frequentamos a escola, não fica claro como nos preparam para a correria que será a nossa vida.

Assim, quando você acabar o segundo grau vai ter que sair correndo, ou fazer um curso superior, ou ir para um curso técnico, ou enfim trabalhar.

Nunca mais vai realmente vai descansar até que consiga dinheiro para comprar o que você sonhou.

Se conseguir esse dinheiro, ele nunca será suficiente, porque sempre queremos mais alguma coisa, na educação de consumo.

Sempre corremos atrás de ter uma independência financeira, de poder comprar as coisas que a vida inteira desejamos, porém não tínhamos dinheiro para ter.

E, finalmente, quando tivermos, como será a primeira sensação depois da compra, provavelmente uma gostosa. É a satisfação de uma grande conquista.

É um pequeno prazer, vibramos interiormente, por ter em mãos algo tão desejado que antes nunca não havia a possibilidade comprar.

Quando nos damos conta, a vida passou.

O que que realmente aproveitamos de toda essa corrida atrás de bens e dinheiro que fizemos?! O que temos pra contar da nossa vida?! O que usufruímos efetivamente dela?! E os nossos filhos, o que tem a nos dizer sobre o tempo que passaram conosco?!

Acho que essas são as perguntas que realmente importam, o que fizemos da nossa vida?!

Se a resposta for boa, parabéns você conseguiu se equilibrar entre ter, ser e viver!

Dia Internacional da paz – favela da Rocinha RJ

Ontem falei sobre o dia Internacional da paz e me ative aos conflitos internacionais e aos conflitos pessoais, sem pensar que hoje ao amanhecer a Rocinha estaria em guerra.

Que tristeza minha gente, o Rio de Janeiro está em guerra.

Como ficam os moradores da Rocinha? Milhares de pessoas que não tem nada ver com tráfico, mas que moram numa região pobre e que se vêm refém desta situação ficam no meio do tiroteio entre polícia e traficantes.

Agora a tarde 950 homens das forças armadas brasileiras se preparam pra fazer um cerco na Rocinha. Imagino o sofrimento das mães desses rapazes que terão que enfrentar os traficantes do morro.

Toda a minha solidariedade às famílias que moram naquela comunidade, aos pais, as mães aos filhos, essas crianças que estão vendo esse massacre e sofrendo todos os dias essa violência, a eles toda minha solidariedade.

Dia Internacional da paz

É hoje, o dia Internacional da Paz, será que temos realmente como comemorar isso?!

Onde neste mundo está havendo paz?!

Eu não sei responder isso, porque os conflitos pessoais são enormes, as desavenças entre grupos nem se fala.

Em Myanmar uma minoria muçulmana tenta desesperadamente fugir da perseguição e limpeza étnica que o governo impõe. Por quê não conseguimos conviver com as diferenças?!

Tivemos uma forte ameaça no mundo, por Coréia do Norte e Estados Unidos, assistimos os seus governantes se degladiarem, podendo estabelecer uma nova guerra mundial. Agora há uma chance para um armistício finalmente, depois de décadas, seja restabelecida as negociações, com o objetivo de superação do conflito.

Não existe paz na desigualdade, onde existe a fome, onde não há democracia, onde os povos sofrem com os tiranos.

Triste mundo esse nosso onde apontar o dedo para o erro do outro é sempre o início de um novo conflito. Sim, porque sempre apontamos o dedo para o outro e esquecemos de fazer a nossa própria auto crítica, que seria o início do não conflito

Eu gostaria imensamente de falar qualquer outra coisa hoje sobre o dia Mundial da paz, mas nada me ocorre a não ser embates e divergências, exceto as Coréias.

Está na hora de cada humano perceber que o primeiro passo para a paz pressupõe o respeito ao outro e as diferenças.

Você pode discordar sem estabelecer um conflito, sem ser agressivo e sem tentar tripudiar  a opinião do outro.

Olhe para o seu coração e se pergunte se a base na sua discussão está no ódio que você mesmo criou e agora tenta jogar pra fora, inconsequentemente, na verborragia das palavras.

NAMASTÊ!

Um momento pode mudar tudo

Li essa frase ontem, é sobre um lançamento de um novo filme, isso tem sido muito presente na minha vida, momentos que podem mudar tudo, realmente podem!

Uma amiga querida desapareceu da noite pro dia e nunca mais foi encontrada, vi meu pai sair caminhando para o hospital e nunca mais voltar,

Um terremoto no México mudou a vida de muitas famílias, foi uma grande tristeza pairando sobre elas. Assim foi também com as bombas, com as guerras, assim está sendo com os furacões, o nosso mundo está mudando e não estou vendo muita gente tentar mudar alguma coisa para que este mundo fique melhor.

O que nós vamos fazer para que os nossos instantes futuros se tornem mais razoáveis?!

Acredito que para as mulheres o momento em que tudo muda é quando se tornam mães, você conhece o amor incondicional, isso muda a sua vida, por isso mesmo vejo nas mulheres a força motriz de transformações, somos mais sensíveis e conseguimos operar mudanças com essa sensibilidade.

Aí eu me pergunto, o que nós mães estamos fazendo para tornar este mundo melhor, mais razoável para os nossos filhos e para os nossos netos?!

Somos nós que podemos mudá-lo com pequenas ações dentro de casa. Porque, se um instante pode mudar tudo, uma vida com nossos filhos pode mudar muita coisa.

Roncando

Acho que roncar faz parte da natureza humana. Não, não é só humana, já vi gato roncar, cachorro roncar.

acredito que com passar dos anos as dificuldades de respiração acentuam o nosso ronco.

Eu ronco e falo isso com muita naturalidade. Gostaria de roncar menos, gostaria de ter mais facilidade para respirar à noite, mas fazer o que?!

Eu faço tratamento para isso, uso remédio nasal, lavo o nariz com soro fisiológico para evitar entupimentos, mas mesmo assim ainda não consegui parar de roncar.

Dizem que chumbo trocado não dói, portanto o marido não pode reclamar de nada, já que ronca pra caramba!

Fibromialgia

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Ao ver a notícia que Lady Gaga cancelou sua vinda ao Brasil por causa da fibromialgia resolvi escrever sobre isso.

Há uns 15 anos eu experimentei uma sensação terrível, eu tinha dores agudas pelo corpo e caminhar era muito difícil, subir escadas quase impossível, as minhas pernas doíam de uma maneira absurda. Fui a médicos o diagnóstico foi de fibromialgia, confesso que foi um misto de terror e pânico, porque eu sabia que as pessoas que tinham essa síndrome praticamente eram escravas da dor.

Conviver com a dor é uma das coisas mais difíceis, quando ela se torna persistente e contínua ela mina a sua resistência, a sua paciência e o mundo se torna sem cor ou marrom. Nada tem graça você só pensa no momento em que tudo vai passar, só deseja que a dor vá embora. Toda a sua vida fica muito limitada, foi que aconteceu comigo.

O tratamento para fibromialgia é feito com anti inflamatórios, relaxante muscular e com analgésicos, o uso prolongado desse tipo de medicação causa muitos outros problemas para o corpo, você se torna uma refém da medicação e das reações adversas que ela causa.

Iniciei o tratamento convencional, os anti inflamatórios atacavam o estômago e o relaxante muscular me deixava fora do ar e do mundo o dia inteiro, eu não aguentava nem ficar em pé de tanto remédio, então desisti.

A minha médica na época sugeriu um tratamento completamente alternativo, a homeopatia e acupuntura e assim foi feito.

Eu fiz acupuntura por dois meses todos os dias e o tratamento com homeopatia por seis meses, posso dizer com tranquilidade, até hoje não tive mais nenhuma crise aguda como aquela de 15 anos atrás. As vezes surgem pequenas dores, que logo desaparecem, mas nada comparado como uma crise de fibromialgia.

A fibromialgia te incapacita. Desejo que as pessoas que hoje sofrem dessa doença possam um dia viver livre dela.

Imaginação

O que seria de nós sem a nossa imaginação, como seria nossa vida sem sonhar, sem projetar?!

Todo grande projeto sempre se iniciou com um sonho, com uma imaginação muito fértil.

Eu percebo que pessoas com uma imaginação rica, crianças com uma imaginação fértil produzem mais, são mais ativas, querem construir coisas, desenham, parecem ser muito mais alegres do que aquelas que vivem uma vidinha sem muitos recursos imaginários.

Mas também vejo uma questão bem antagônica nisso quando se projeta muitos e sonha muito o quanto de frustração não haverá na nossa vida?! Como aliar o sonhar com o fazer??

Acho que eu gosto tanto de artesanato por isso, porque ali tem uma pessoa que sonha, que constrói o sonho, ninguém fez antes dela, da maneira dela, ela conseguiu concretizar um pedaço da sua imaginação, E a imaginação e o criar de cada pessoa é único.

A minha capacidade de imaginação vem das palavras, montar uma palavrinha atrás da outra e formar um texto, eu sempre me expressei através das minhas palavras.

Eu também sonho muito, não estou falando do sonho de fechar os olhos e dormir e sonhar, estou falando dos projetos dentro da minha cabeça, eles sempre me proporcionaram crescer, saber onde eu queria chegar, o que eu queria fazer no futuro. Eu gosto de imaginar para construir, para alcançar os meus objetivos.

Foi assim quando eu conheci Brasília, pensei quero morar aqui, e aí eu fui construindo na minha cabeça como eu iria fazer para morar naquele lugar, descobri o mestrado, uni a vontade de estudar e a possibilidade de morar em Brasília. Assim eu cheguei em Brasília!

Depois veio a vontade de conhecer Portugal. Já falei num texto passado que eu comprei um guia turístico, olhei muito aquele guia, por 10 anos, até que eu concretizei a minha viagem e fui pra Lisboa.

Assim é a vida gente, imagine, sonhe, porém não deixe de concretizar, faça com que o seu sonho vire uma realidade, um momento de felicidade.

Pode ser escrevendo uma história, fazendo uma nova receita, criando um artesanato, criando uma peça de roupa, customizando uma camiseta. Quando nós criamos nós colocamos a nossa vida em ação e a nossa imaginação sempre pode virar realidade.

Hipocrisia

Hoje eu estava olhando quais eram os artigos mais comentados no Google e apareceu o seguinte título: exposição Santander fotos. Ir lá não pode, ver na internet, OK. O tema da exposição confesso que não me atrai, o que aconteceu sim.

Eu achei de uma hipocrisia tão grande, o que tem de falso moralista que prega uma coisa de dia e faz outra a noite, foi o que o banco fez, aprovou todas as obras, quando patrocinou essa exposição e recolheu recursos públicos para a mesma, conhecia todas as peças que estariam expostas, sabia muito bem do que se tratava a exposição.

Não vou aqui discutir se a exposição deveria ou não deveria ser exibida, imagino se Michelângelo sofreu o mesmo com suas obras, mas com certeza não deveria ser proibida ou suspensa.

Bom senso existe para isso, é que nem horário apropriado para se ver televisão. Certamente para crianças não é apropriada, elas não têm o discernimento suficiente para internalizar esse tipo de conteúdo.

Eu não vi as obras, não as conheço, provavelmente não iria porque não é o que me atrai. Mas arte é assim, revolução, quebra de paradigmas, discussão, rebeldia.

Acredito que deve ser assim, não gosto não vou.

Achei tudo um grande fiasco, uma grande hipocrisia!

Família

Tem dias que fico pensando sobre o que escrever. Falta inspiração, não surge nada, aí com as minhas leituras uma coisa apareceu, conflito em família.

Gente, família é uma coisa muito boa, mas também uma coisa muito complicada.

Não estou falando dos filhos diretos. Eu tive muita sorte com os meus, são ótimos, estou falando do entorno, tios, tias, primos, primas, aí começa a complicar. Quanto maior, pior fica, fofoca, disputa, brigas. Onde vai parar todo o amor dedicado quando fazemos a criação de nossos filhos, quando brincávamos com nossos primos?!

Se tiver dinheiro no meio então complica mais ainda. Vejo muitas histórias de famílias que são desfeitas por dinheiro, coisa pouca as vezes, mas mesmo assim acontece.

Aí me pergunto qual é a solução?! Porque em criança é tão bom brincar com os primos, com as primas, sair de férias com a família. O que acontece depois quando a gente cresce?! Será que é isso que nos resta?! Cresceu o conflito aparece?!

As vezes me pergunto se com os meus netos e os filhos deles será também assim, se haverá discórdia no futuro. Isso me entristece…

Eu fujo de conflito, detesto, até perco dinheiro pra não entrar em conflito, se é isso que me resta é isso que será. Quero mesmo é paz no meu coração e para a minha cabeça.

É o que eu desejo para vocês, paz!

La la land

Tenho certeza que neste post eu vou dividir opiniões como filme dividiu.

Ao contrário de um monte de gente eu amei este filme!

Música, romance, dança, um figurino lindo, imagens maravilhosas, não teve como não gostar, achei lindo.

Merece ser visto no cinema num enorme telão!

Ouvi essa trilha sonora centenas de vezes, repetia, ouvia de novo, não é por acaso que ganhou melhor música no Oscar.

Já falei que sou romântica e acho que é sempre tempo de exaltar o amor, a paixão, seja por música. seja por dança, ou em um filme, junte os três e me deixarão feliz da vida!

Que venham as opiniões em contrário!

Colarinho branco

Pra mim o pior crime é o do colarinho branco, porque mata mais. Mata em grande escala.

Massa de manobra é isso que nós brasileiros somos para os colarinhos brancos.

Enquanto nós discutimos de que lados estamos, eles roubam. São empresários e políticos chafurdados na lama.

Eu não queria ficar tão indignada, revoltada com a classe política brasileira, aquela que deveria nos representar, mas depois da descoberta de um apartamento de dinheiro, e tantos outros desvios, é muito difícil não pensar nisso.

Não pensar em todas as crianças que ficam sem merendas, no caos da saúde pública abandonada, a insegurança que é a atual segurança pública.

Gente o que é isso?! O que que estão fazendo?! Há um assalto ao Brasil dia após dia, e nós que temos simplesmente achar bom pagar impostos e ainda por cima ter que aturar a cara dessa gente discursando. É isso que nos restou?!

A corrupção tira o que há de melhor no nosso país, a esperança.

Ela não existe em um só partido, ela permeia os partidos, independente de credo, raça, religião, independente de que lado você está, a corrupção está lá também, salvo alguns políticos e talvez dois partidos dos mais de 30 que nós temos no Brasil.

Então, aqui eu não vou apontar o dedo pra A ou B, não vou discutir política partidária, esse não é o objetivo, meu objetivo é me indignar, me revoltar como brasileira contra a estupidez que é o desvio de recursos públicos no Brasil.

Todos os dias eles nos tiram a crença de que o nosso país tem futuro, temos tudo pra ser grande, não temos tragédias naturais, a nossa natureza é riquíssima.

Também acho que nós somos muito ausentes, como cidadãos, olha eu sou formada em ciência política e me acho ausente, faço a minha auto crítica.

É triste ver meu país entregue às quadrilhas.

O crime organizado tomou conta do Brasil e da política ele convive lado a lado conosco.

“Transformam um país inteiro num puteiro…”

Flores frescas

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Ahhh, a diferença entre o querer e o poder…

Eu queria ter vasos de flores pela minha casa, toda a semana abastecido, com flores frescas, amo flores.

É um desejo tolo, talvez, inacessível pelo preço das flores nas floriculturas, já que moro em apartamento e não posso colher no jardim. Querer nem sempre é poder, não é mesmo.

Tivemos que aprender sobre a impotência com a pandemia, não é mesmo?!

Faço uma pergunta, mesmo que você pudesse ter o que quer, isso é realmente importante para a sua vida? Vai fazer diferença pra você ter tudo o que deseja? Qual a diferença?

Eu fiz uma opção de vida, dei preferência a ser do que a ter. É óbvio que nós gostamos de ter sempre mais, mas ter o suficiente compensa, ser é muito importante.

Usei o exemplo das flores frescas porque se eu pudesse as terias, é uma representatividade, mas não vai fazer diferença efetiva na minha existência.

Ser, é minha essência, é o que me define como pessoa e em todas as minhas relações na vida.

O que me sustenta, os meus alicerces, foram as relações de carinho que eu estabeleci no decorrer dos anos e, para isso, a minha opção em ser melhor a cada dia, foi a melhor.

Sempre seja mais! Primavere-se!

Setembro Amarelo

Vamos falar de um assunto muitíssimo importante, a prevenção ao suicídio.

Entramos no mês de setembro e junto começou a campanha Setembro Amarelo, 10 de setembro é o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio.

Já falei aqui de solidão, de depressão, agora vou falar sobre suicídio, que cresce ano após ano. Dados oficiais falam da morte de 32 pessoas por dia no Brasil por suicídio. Alarmante e triste!

Antes assunto tabu, suicidio virou um assunto de saúde pública, precisa ser abordado abertamente para possibilitar às pessoas um grito por ajuda.

O suicídio mata mais que todos os conflitos somados no mundo, quase um milhão de pessoas. Para cada um que morreu existem no mínimo mais 10 pessoas que pensam em fazer o mesmo.

Falar ainda é a forma de possibilidade de ajuda, segundo a Organização Mundial de Saúde 9 dos 10 suicídio que aconteceram poderiam ser evitados.

Vamos ajudar quem está ao nosso redor, o mundo está precisando cada dia mais de solidariedade, gentileza e mãos estendidas. Você que está sofrendo saiba que pode contar com seus amigos sempre, procure ajuda no desespero.

Deixo aqui o link da campanha para maiores informações sobre o Setembro Amarelo.

Perennials

Somos nós, as mulheres de 40 a 60! Vocês sabiam disso?!

Aquelas que não seguem a cartilha da meia-idade. Eu estou aprendendo e me achei nessa definição.

Não sigo regras, não aceito rótulos mim e para a minha idade, sou o que sou como quero ser, sem seguir as tolas indicações sociais limitantes, em que dizem que eu devo ser isso ou aquilo.

Comecei a ler alguns artigos sobre o tema, super interessante, porque nos define a partir de um estilo de vida, no mercado de trabalho, como consumidoras e nessa faixa etária.

Não há uma identidade com uma determinada idade, também não se esconde a própria. Não é a idade que define essas mulheres, elas usam jeans, camiseta, transitam por várias faixas etárias com facilidade.

Para deixar mais claro, perennials vem do inglês perenne, traduzido como constante, permanente. Não somos senhoras de meia-idade, somos mulheres que estamos passando pela meia-idade, com melhor saúde que as gerações anteriores. Estamos vivendo nossa plenitude! Cheias de vida e projetos pessoais.

O que mais me chamou a atenção foi um sentimento, porque concordo em número, gênero e grau, não nos sentimos representadas pelo mercado de consumo. Eu me sinto exatamente assim!

E o mercado, o que está esperando para nos enxergar ?!

Furacão interior – a infância na vida adulta – parte 2

Escrever sobre as implicações da infância na nossa vida adulta é muito pano pra manga, escrevi o suficiente pra três posts aí eu enxuguei bastante, ficaram dois, pra não ser cansativo. O primeiro publiquei ontem, hoje é continuidade.

É óbvio que sempre que eu escrevo estou falando sobre a minha vida, sobre as minhas incursões, minhas reflexões, eu não sei o quanto da minha perspectiva é válido para vocês, portanto façam suas reflexões, e me deem o devido desconto.

Seguidamente eu volto ao meu passado, e percorro todas as mudanças de trajetória da minha vida, os caminhos percorridos na infância em Pelotas até os dias atuais em Brasília.

Percebo que muitas das minhas reações frente a vida, com outras pessoas ou episódios, tem muito a ver com as mesmas de criança, são reflexos. Meus colegas de escola me consideravam muito séria, brava, hoje vejo que era apenas uma defesa.

Eu realmente era introspectiva, mas tinha meus motivos…

Tenho viajado pelos meus momentos críticos de vida, na infância, a perda do meu pai, depois a epilepsia. Sempre considerei meus percalços um obstáculo a superar para me fortalecer. Isso produziu uma pessoa sensível ao mesmo tempo uma fortaleza frente a vida. Parece um contrassenso, mas foi uma união perfeita, para o meu ser e para a minha sobrevivência.

A minha criança soube lutar da sua maneira, para me fazer chegar até aqui de forma completa. Não critique a sua criança interior, reflita e corrija o que for necessário na sua vida adulta.

Temos que aprender a conviver com nossos turbilhões e buscar a força, que muitas vezes nos falta, nas meninas e meninos que fomos.

Furacão interior – a infância na vida adulta

Assisti Walt nos bastidores de Mary Poppins. O filme trata sobre a dificuldade da autora do livro em vender a Walt Disney os direitos de filmagem. Ela se reporta o tempo todo a sua infância. Me fez pensar sobre a minha.

É impressionante verificar o quanto da nossa infância persiste na nossa juventude, na nossa vida adulta e até na nossa velhice. Ela surge como um furacão interior que toma conta da situação inesperadamente.

Há sempre uma criança dentro de nós que brinca com os sentimentos, que nos leva de um lado a outro, às vezes meio perdida, sem saber muito bem pra onde vai ou vai nos levar.

Quando ela vem seguimos para os lugares mais remotos de nossa consciência. Durante a vida ela nos acompanha mesmo que a gente não perceba a companhia dela.

É na infância que a nossa personalidade é formada. Quantas vezes você se pega pensando na sua infância, no seu pai, na sua mãe, os valores que eles nos passaram, quantas vezes você se transporta para essa infância?!

Eu me reporto muitas vezes, tenho certeza que a minha base foi feita lá e me faz ser quem eu sou hoje.

A sua criança é triste ou feliz? A minha tem seus momentos de tristeza, mas a irmã gêmea dela, a alegria, afugenta logo a tristeza para não contaminar o meu dia.

É importante nós preservarmos a nossa criança interior, brincar mesmo durante a vida pra não levar tudo muito a sério, a ferro e a fogo, nosso coração agradece!

 

Eternamente Clarice

Litoral Portugal

“Uma das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de. Apesar de, se deve comer. Apesar de, se deve amar. Apesar de, se deve morrer. Inclusive muitas vezes é o próprio apesar de que nos empurra para a frente. Foi o apesar de que me deu uma angústia que insatisfeita fui a criadora de minha própria vida. Foi apesar de que parei na rua e fiquei olhando para você enquanto você esperava um táxi. E desde logo desejando você, esse teu corpo que nem sequer é bonito, mas é o corpo que eu quero. Mas quero inteira, com a alma também. Por isso, não faz mal que você não venha, esperarei quanto tempo for preciso.”

Clarice Lispector – Uma Aprendizagem ou O Livro dos Prazeres

A pressa de ser feliz

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Sempre sofri disso, dessa pressa de ser feliz e acho que ela é plenamente justificável.

Agora, na meia idade ela é mais plausível ainda. Tá vendo os relógios aí em cima?! Quanto tempo você acha que ainda tem para ser feliz?!

Outro dia vi um programa no GNT, Santa Ajuda, que a mãe denunciou a bagunça da filha no quarto de costura que ambas usavam e a filha dizia pra deixar a arrumação para depois.

Uma hora a mãe peguntou, depois quando se já estou com 92 anos?

Feliz dela que aos 92 anos ainda pensava em usufruir daquele espaço que lhe era tão caro e lutava para deixar do jeitinho dela e da filha.

Não se trata só da velhice, mas também de não saber o quanto de depois nós temos.  Já contei aqui no blog do desaparecimento, provável assassinato, de uma amiga minha aos 48 anos. Cheia de vida e de planos que lhe foram subtraídos.

Por isso tenho pressa, a felicidade é uma construção de vários momentos fugazes. Ela não é continua.

É isso gente, o tempo não para então não vamos parar no tempo.

Todos os dias…

Adriana pós 50

Todos os dias eu sento a frente do computador para escrever, faço disso uma rotina, porque gosto. Tenho um carinho enorme ao fazer isso, sempre me pergunto o que vocês gostariam de ler.

Dependendo da inspiração no dia, chego a escrever uns cinco textos, em outros um ou dois, de vez em quando paro alguns dias para descansar ou quando falta ideias.

Dou uma olhada nas notícias do dia, olho a internet, leio bastante também, faço cursos online, quero sempre me manter atualizada para não ser monótona.

Escrever, para mim, é um prazer, poder compartilhar meus escritos com vocês tem sido sensacional.

Mesmo quando fiz minha cirurgia de ombro tentei antecipar vários textos para vocês até me recuperar melhor, afinal fiquei dois meses imobilizada.

Nem sempre consigo seguir este ritmo, as vezes a saúde atrapalha, mas vou seguindo em frente com apoio de vocês .

Espero que estejam gostando…

Mais da metade já passou

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E a caminhada até aqui foi longa, muitos trajetos percorridos, alguns retos, outros tortuosos, mas cheguei.

Estava pensando a pouco nos sonhos que não se concretizaram. Não me sinto frustrada, porque realizei outros tantos. Fica uma certa melancolia por não ter feito mais.

Parece um contrassenso, porque acho que fiz muita coisa mesmo, até pular de paraquedas, um luxo!

As vezes acho que o que bate mesmo é uma certa reflexão sobre idade. Sabemos que já dobramos o cabo da boa esperança, que o tempo não volta e que já se foi a maior parte de nossa vida, neste planeta.

Portanto, acho mesmo que devemos valorizar o caminho que já percorremos e o tempo que teremos para fazer o resto de nossa estrada.

Se quer dançar, dance. Vá ao cinema quando desejar, coma aquele doce de que você tanto gosta, faça pipoca pra ver TV… Sei lá, só não fique adiando planos, mesmo que sejam os mais simples.

Isso também vale para os pedidos de desculpas que não fez, aquela declaração que não disse, aquela visita que você vive adiando.

Gente, vá viver a vida! Não fique pela metade.

Começar de novo

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Na semana que passou eu recebi uma notícia ótima de uma amiga, havia passado no vestibular e recomeçaria os seus estudos, amei!

Olha que coragem na casa dos cinquenta recomeçar! Ela passou em terceiro lugar no vestibular de uma universidade federal, depois de estudar com afinco, me enchi de orgulho.

Essa vontade de aprender sempre nos rejuvenesce, quem tem sede de conhecimento desvenda novos horizontes, viaja em sonhos e concretiza projetos.

Sempre busco em mim aprender mais e mais, qualquer coisa que desperte minha curiosidade. Me sinto mais viva, mais eficiente diante dos problemas, com maior capacidade de resolvê-los.

Silvia estou muito feliz por você, essa energia e garra que te levam vida afora são sensacionais, parabéns!

 

Charme

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Uma das coisas que me chama a atenção é que o comércio ainda não percebeu o potencial de quem está na meia-idade, mas não quer se vestir como velho. Eu não quero!

Assim como também não quero usar as roupas que as pessoas que fabricam números maiores, que são os que eu uso, acham que eu devo usar.

Gente a vida é um charme e eu me sinto assim, alegre, com vontade de inovar, olha só esse look aí de cima. O cara é grisalho, mas super de bem com a vida, óculos estiloso, camisa também, nada demais, apenas um azul que lhe cai muito bem.

Amo ousar nos meus óculos, tenho um rosa transparente, um preto e marfim e um azul. Se é pra usar óculos vamos inovar, expressar o que somos.

Me pergunto o porquê da ditadura de cores escuras para pessoas de meia idade, claro que um pretinho sempre cai bem. Mas tem que usar marrom, azul marinho, cor de vinho e preto todos os dias?!  Sai pra lá! Quero colorir a minha vida!

Por favor tratem de avivar as suas vidas, façam da meia idade um momento de expressão da vida, da alegria de viver essa fase.

 

 

Ho’oponopono

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O Ho’oponopono não é um simples repetir de sílabas, é uma técnica, criada por um psicólogo havaiano, Ihaleakala Hew Len, para tratar  presos perigosos, mentalmente doentes. É uma repetição das palavras, Sinto muito, Me perdoe, Te amo, Sou grato. Eu falo: eu sinto muito, eu te perdôo, eu te agradeço,  eu te amo, foi a forma que gravei.

Eu desconhecia até abril de 2017,  quando fui hospitalizada com uma infecção grave,  que resultou numa paralisia facial. Uma amiga me vendo nessa situação me ensinou essas palavras simples, que repetidas se transformam numa meditação e oração e te eleva o espírito, facilitando a sua cura. Nos dez dias de internação e depois de intensa fisioterapia neurológica me ajudou demais.

Foi assim que aconteceu com aqueles presos, assim aconteceu comigo.

Caso você ainda não acredite, olhe a força dessas palavras que deveríamos repetir todos os dias para as pessoas que nos cercam e em todas as circunstâncias da vida: EU SINTO MUITO, ME PERDOE, EU TE AMO, SOU GRATO.

Acredito que todos nós já seríamos muito melhores se praticássemos isso no nosso dia-à-dia. São palavras mágicas, independente de meditação.  Na repetição elas se potencializam, assim como na meditação.

Comigo foi ótimo, indico para vocês, vamos melhorar o nosso interior e transformar o nosso exterior?!

Bem estar – A comida que conforta

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Eu tenho várias comidas para diferentes momentos! Lembro de ter lido um livro,  Não é Sopa, da Nina Horta, que me marcou profundamente, mesmo sendo sobre comida, tinha receitas, mas não era o objetivo principal.

A Nina reuniu uma série de crônicas sobre comidas,  numa delas falava sobre comidas que confortam. Comida de feira, que ela traduz como perversa, a indiana, a austríaca, que me identifiquei por ser muito parecida com a da minha avó. A de funerais, um dos capítulos mais instigantes. Outro é sobre comida para apaixonados. Vale a pena ler…

Eu guardei com muito carinho esse sobre a comida que nos dá um bem estar danado.  Meu marido me faz uma canja deliciosa quando não me sinto bem ou adoeço, é a da foto acima, quem não se sentiria melhor com um prato feito com tanto carinho?!

Quando estou com frio vou para cozinha e faço um mingau, coisa de criança mesmo. Quem não lembra das comidas de família?! São as que mais nos tocam. A Rita Lobo fará a próxima temporada de seu programa sobre comidas de família, começou com gemada!

Me conta aí, qual é a comida que te conforta?!

Menopausa

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Um saco… Sei que faz parte da vida, do amadurecimento, da vida de toda a mulher.

Falei aqui no blog que gostei de amadurecer, mas não de envelhecer, e da menopausa muito menos.

Começou um calor na cabeça, de repente ela incendiava, isso mesmo, pegava fogo, era assim que eu sentia.

Me preparei para não usar hormônios nesta fase da vida, usei muita fruta vermelha, extrato de amora, comida mais natural, fui mudando aos poucos meu estilo de vida, consultei inclusive uma nutricionista ortomolecular, funcional. Acho que muitas mulheres superam essa fase dessa maneira e dá certo para grande parte.

Sinceramente eu entreguei os pontos. Quando as enxaquecas chegaram, além dos fogachos, aquele calor intenso que sobe até a cabeça, vinha essa dor aguda de cabeça e uma irritação constante. Quem merece isso?! Eu respondo, ninguém!

Eu optei pela minha qualidade de vida, resolvi fazer reposição hormonal.

ATENÇÃO, eu fiz tudo com acompanhamento médico, de endocrinologista e de ginecologista, faço todos os exames, todos os anos.

Usar hormônios pode ser muito perigoso, então, se for essa a sua opção, sempre faça com toda a orientação de um médico.

Me sinto extremamente bem, todos os sintomas desagradáveis desapareceram, inicialmente usei adesivos, depois usei um gel, achei bem melhor. Tem um problema, virei uma sanfona também, engordo e emagreço, é uma atenção constante com o peso.

Atualmente, uso uma pomada interna duas vezes por semana, já que os sintomas desagradáveis desapareceram, então vamos manter os órgãos internos saudáveis, evitando o envelhecimento do útero e cirurgia de períneo.

C’est la vie !

Mochila nas costas

 

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Vamos fugir, baby, para outro lugar… Esse sentimento já te invadiu em algum momento?! A mim já inúmeras vezes na vida, era um sentimento de deixar tudo pra lá, pegar uma estrada e sair sem rumo, respirar com liberdade, só o vento como companhia .

Era um misto de inquietude, rebeldia, vontade de conhecer o mundo, independência. Eu me via numa estrada vazia, seguindo em frente, livre, leve e solta. Sempre me vi de costas… Psicólogas podem analisar…

A mochila eu tive, mas nunca peguei a estrada, literalmente falando. Viajei bastante pelo Brasil, conheci outros lugares e culturas, me preencheram tanto! A minha independência interior também me supriu e consegui encontrar sempre um meio de acalmar minha alma e seguir em frente.

Bastava achar um lugarzinho novo, ali perto de casa mesmo, quantos existem por aí, não é mesmo?!

A vontade de conhecer outros lugares, culturas, pessoas, viajar, ahhhh, essa nunca passa… O meu espírito aventureiro me leva pela vida…

Procure as suas paragens, faça as suas viagens, pelos livros, músicas, meditação… Só não fique parado esperando a morte chegar.

Vamos juntos?!

Orgulho e Preconceito

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A notícia é que a próxima novela da Globo será baseada no romance de Jane Austen que amo, Orgulho e Preconceito ou Pride and Prejudice, no original!

Não vejo novela há muitos anos, mas o fato de trazer para a telinha esse romance até coçou o meu ser, o filme já cansei de contar quantas vezes eu vi. Acho que o filme me basta!

Sou uma mulher romântica, definitivamente! Esse romance me toca, e olha que não tem sequer um beijo, isso mesmo, eles não se beijam. Para suprir essa deficiência sentimentalista, vimos na internet a cena cortada, a do beijo final, que todas as sonhadoras sentiram falta…

Para quem nunca viu e se acha uma romântica convicta, procura aí, na internet, e supre essa pieguice que para mim é mais que assumida!

Ainda dá tempo de desejar uma ótima semana!

Cozinha sustentável

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Dois conceitos que me atraem: cozinha e sustentável. Temos que começar a pensar num mundo viável e nada como começar com pequenas atitudes, dentro da nossa própria casa, de modo bem simples.

Cozinhar em casa com produtos naturais como alho, cebola, tomate, pimentão, salsa e cebolinha, a base do nosso refogado é extremamente saudável. Se você conseguir aliar a sua cozinha com a compra de produtos sazonais, feita com pequenos produtores locais, (que na sua maioria usam técnicas simples de plantio, sem agrotóxico) e utilizando tudo o que é possível deste produto, parabéns, você está praticando a cozinha sustentável.

Vamos ver como isso funciona?! Estamos em agosto, o que se produz em agosto? Nos legumes temos cenoura, abóbora japonesa, abobrinha, batata doce amarela, berinjela, cará, ervilha, inhame, mandioca e mandioquinha. Nas frutas: abacate, atemóia, carambola, kiwi, laranja, lima da pérsia, maçã fuji e red, mamão formosa, maracujá, mexerica, morango, sapoti e  tangerina. Nas verduras: agrião, beterraba com folhas, brócolis, cenoura, coentro, couve, couve de bruxelas, couve-flor, erva-doce, espinafre, hortelã, louro, mostarda, orégano, rabanete e repolho. (fonte blog da CEAGESP)

Quando você consome um produto sazonal você ganha de duas maneiras, no bolso e na nutrição. O produto consumido na época certa de sua safra preserva todas as suas qualidades, sabor, cor, textura, a saúde agradece.

Aproveitar esse produto em sua integralidade nos remete a novas experiências, como o bolo de casca de banana, a batata rústica onde a casca é aproveitada, o omelete de talos de salsinha, riquíssimo em vitamina C. Além disso você pode cozinhar a beterraba no feijão, ele ganha em ferro e você no gás de cozimento. A batata doce tem o mesmo tempo de cozimento do arroz. Ou seja, mil possibilidades de aproveitamento do todo.

Lembra que nossas mães e avós aproveitavam tudo?! O arroz branco virava bolinho, arroz de forno. O feijão, tutu, feijão mexido, nada era jogado fora, e feijão e arroz um mexidinho, é esse o conceito.

Abra as fronteiras da experimentação, você só tem a ganhar com a cozinha sustentável, grandes Chefs perceberam isso e apostaram nesse conceito. O planeta terra agradece!

Copiei algumas idéias da fleischmann  que achei bem legais.
Confira como reaproveitar melhor os alimentos

• Folhas de cenoura, beterraba, batata-doce, nabo, couve-flor e abóbora: faça bolinhos, sopas e cremes, suflês, farofas, patês, tortas, massas e recheios para panqueca.

• Cascas de goiaba, banana, laranja, mamão, maçã, abacaxi e manga: prepare compotas, doces caramelados, doces cristalizados, sucos, bolos e geleias.

• Talos de espinafre, agrião, acelga, brócolis, beterraba e couve-flor: use no preparo de sopas, refogados, farofas, omeletes, tortas e recheios para massas em geral.

• Sobras de carne assada, carne moída, peixe e frango: dá para fazer croquetes, omeletes, tortas, recheios para panqueca, bolo salgado, escondidinhos, suflês e bolinhos.

• Sobras de arroz e feijão: faça bolinhos de arroz, tortas, arroz de forno, arroz-doce, risotos, feijão-tropeiro e virado.

• Ao usar metade do abacate, deixe a outra parte com o caroço. Isso evita que a fruta estrague rápido.

• Sobras de bolacha não devem ir para o lixo. Esmigalhe, guarde em um vidro fechado e utilize para preparar pavês e tortas.

Fonte: http://www.falecomfleischmann.com.br e http://www.dicasdecozinha.com.br

A transformação do mundo em que vivemos

ROBO

É impressionante todas as mudanças que assisti nesses 50 anos. Quando eu nasci apenas famílias mais abastadas tinham telefone em casa, a televisão era assistida pela janela do vizinho melhor de vida, em preto-e-branco. Energia elétrica só na cidade. No campo, na praia era gerador.

A terceira revolução industrial, a da tecnologia da informação, mudou completamente o mundo que conhecíamos. O wi fi foi a revolução dentro da revolução.
As comunicações deixaram de ser um privilégio apenas de quem tinha dinheiro, hoje todo mundo tem um celular. O acesso à informação é universal.

Porém temos o outro lado da moeda, se as máquinas já substituíam os homens, a sociedade informatizada faz os menos preparados perderem os seus empregos vertiginosamente, o mundo que conhecemos ontem não existe mais.

Estamos na revolução do intangível, a era do conceito, da criatividade, não precisamos mais de coisas físicas, como a terra, a máquina para ganhar dinheiro. A informação por si só não é valiosa, todo mundo tem acesso a ela, mas saber como usá-la é que é o bicho. Um grande chef, um designer, um trabalho artesanal, todos usam a criatividade, são os que ganham dinheiro usando o seu talento.

Falo, claro da nossa sociedade moderna, que ainda coexiste com lugarejos onde não se tem absolutamente nada, nem luz. Ainda temos tribos isoladas. E os robôs cada dia mais substituem as tarefas humanas, são as idiossincrasias do viver…

Mundo doido sem fronteiras, como sobreviver nele?! Me digam…

Quem não se comunica se trumbica…

Geralmente tenho muita dificuldade para dormir, sou super alérgica, é só começar a dormir que vem uma tosse chata, que porre!

Ainda não enlouqueci, sim estou falando em se comunicar, é que nessas horas deitada, em que não consigo dormir, bate mil idéias sobre escrever, geralmente levanto e anoto. Foi como tudo começou…

Tenho recebido de leitores muitas mensagens sobre relacionamentos, sobre questões interiores. Gente não tenho fórmula mágica, mas aprendi com a vida a ser o mais honesta possível, inclusive comigo mesma! Não se foge de problemas, no máximo se adia… Então me comunico!

Quando as pessoas perderam a capacidade de se comunicar?!  Essa é a grande questão.

A comunicação é básica em qualquer relacionamento, se ela não existir haverá problema.

Não adianta fingir ser uma coisa no início da relação e depois na continuidade dela querer um resultado diferente do que se plantou. A semente era de tomate, nascerá tomate, não queira colher morangos.

Então, deixe muito claro desde o início de qualquer relacionamento, namoro ou amizade, quem é você e o que você quer com aquela relação.

Se não for assim não vai dar certo!

Para você mesma se responda onde você quer chegar, com quem você quer ir, pode ser só com você mesma, e qual caminho irá trilhar, seja honesta.

Chacrinha, o velho guerreiro, em sua sabedoria popular já dizia, quem não se comunica se trumbica. As pessoas perderam a capacidade de expressão e, certamente, estão perdendo a realidade, a verdadeira exteriorização de si mesmas, estão sendo o que não são para agradar aos outros, estão infelizes.

A foto acima é de pedras, sabem por quê? Por que pedra, diferente de nós humanos, não têm capacidade de discernimento, não se exprimem, não interagem, isso as pessoas deveriam saber fazer.

Queridos se comuniquem e sejam felizes!

Sou perfeita, Socorro!

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Tem que arrumar a cama, fazer o café, lavar a louça, tomar banho, limpar a casa, deixar cheirosa, o banheiro limpo, lavar a roupa, arrumar a cozinha, branquear o pano de prato, panela areada, falar educadamente, ser servidora eficiente, educar os filhos, fazer a merenda, tirar o pó, aspirar o tapete, varrer a casa, responder o e-mail, retornar para a amiga, ser boa filha, limpar os vidros, fazer a lista de compras, colocar o feijão de molho, tirar o lixo, limpar a geladeira, coar o café, providenciar o lanche, ser simpática, comprar pão e leite, passar a roupa, guardar a roupa, arrumar o armário, passar o pano na casa, fazer a lição com os filhos… E a faxina?!

Ainda ficar bonita , cabelo e unha sempre arrumados e rosto sempre maquiado, manter o regime equilibrado, com 5 cores no prato, ser boa de cama, estar sempre cheirosa e ótima ouvinte, e sempre de bem com a vida.

Ufa, esqueci alguma coisa mulheres da página?!

Carvão

Enquanto eu escrevo geralmente ouço notícias.

Vendo um programa de migrantes o meu coração ficou apertado, estou mostrava a luta dos refugiados.

Quanta tristeza passam os que são forçados a abandonar o seu lar.

Uma cena me chocou, na fronteira com a Croácia, pessoas com frio, no meio da lama, com inúmeras crianças.

O ar gélido castigava mais ainda, como se isso fosse possível. Capas e barracas de plástico frágeis eram as únicas proteções.

Uma barreira de policiais da fronteira impedia a passagem dos migrantes.

Naquela noite duas crianças morreram de frio, enquanto as outras assistiam todo o sofrimento.

Assistindo minhas lágrimas escorriam. Não havia comida suficiente.

Os contrabandistas de pessoas lucram com essas vidas, fragilizados eles fogem da guerra e da fome, querem se salvar e às suas famílias, estão desesperados.

Eu não tenho respostas, eu não sei qual é a solução para isso, mas pessoas não podem ser queimadas como carvão (Darcy Ribeiro), para o mundo lucrar, há de existir dignidade humana.

Eu não me conformo com a exploração do homem pelo próprio homem!